quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A era da Prosperidade nos EUA, Rute Teixeira e Marta Sousa

O Fordismo - o modelo Ford T, nos EUA, anos 20.

Com o final da guerra (1914 – 1918), a economia mundial entrou num período de grande instabilidade. Debilitados pela guerra, a maioria dos países da Europa deparou-se com uma difícil reconstrução e reconversão económica, o que gerou graves crises inflacionistas.
Foi uma recuperação económica difícil para a Europa, o que gerou uma maior dependência em relação aos Estados Unidos da América por parte da mesma.
A partir de 1923 verificou-se um crescimento e um desenvolvimento económico nos EUA, o que deu origem à “ era da prosperidade” tornando-se estes os grandes fornecedores e credores da Europa.

Durante o período em que os historiadores denominaram de “ era da prosperidade” verificou-se um forte crescimento na produção industrial dos EUA (64%), assim como um alargamento quer do mercado interno quer do mercado externo (expansão do crédito e da Bolsa, a concentração industrial em trusts e holdings, assim como as redes de drugstores, que representavam igualmente uma forte concentração comercial).
Assiste-se também a um crescimento económico rápido, possibilitado pelos novos métodos de produção e de organização do trabalho – o taylorismo (racionalização do trabalho assente no principio do trabalho em cadeia, em que cada operário desempenhava apenas uma tarefa) e o fordismo (baseado no taylorismo, é um sistema de produção em série ou em massa, através de uma uniformização de modelos (estandardização)).
Os industriais, tomando o exemplo de Henry Ford (fordismo), puseram em prática uma política de altos salários, garantindo assim o poder de compra que era necessário ao escoamento da produção estimulado pelos novos sistemas de vendas a crédito e da publicidade.
Esta expansão criou o mito de uma prosperidade permanente, na opinião americana. Na verdade, esta “era“ contribuiu para a criação do “ estilo de vida americano “ (the american way of life).
Apesar de conter os seus pontos fracos, a “era da prosperidade” mostrou ao mundo o que iria simbolizar o modelo da ” civilização contemporânea “.