quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A Prostituta de Rouault, por Ana Sofia

Vou fazer este trabalho com a intenção de esclarecer o que e o expressionismo e a sua importância na sociedade, falando então do grande pintor Georges Rouault e falar de uma das suas grandes obras.
O Expressionismo:
No norte da Europa, a celebração fauvista da cor foi levada a novas profundidades emocionais e psicológicas. A partir de 1905, o expressionismo desenvolveu-se quase simultaneamente em países diversos. O alemão, em especial, caracterizado por cores intensas e simbólicas e imagens exageradas, tendia a abordar os aspectos mais sombrios e sinistros da alma humana.
Embora o expressionismo tenha adquirido caráter nitidamente alemão, o francês Georges Rouault (1871 – 1958) foi quem uniu os efeitos decorativos do fauvismo à cor simbólica do expressionismo germânico. Rouault foi colega de Matisse na academia de Moreau e expôs com os fauvistas, mas sua paleta e sua temática profunda o colocam como um dos primeiros expressionistas, ainda que isolado. A obra de Rouault tem sido descrita como “o fauvismo de óculos escuros”.
Rouault era muitíssimo devoto, e alguns o consideram o maior artista religioso do século XX. Começou como aprendiz de vitralista, e o amor a contornos severos que contenham cores radiantes dão vigor e enternecimento a suas pinturas de prostitutas e palhaços. Ele não julga essas desventuradas figuras, mas a extrema piedade com que as mostra causa poderosa impressão; assim, Prostituta no espelho é um libelo feroz contra a crueldade humana.

O Quadro

A mulher é uma caricatura de feminilidade, embora a pobreza ainda a leve a ataviar-se miseravelmente diante do espelho, na esperança de encontrar trabalho. O quadro, porém, não deprime; antes, oferece a esperança da redenção. Para Rouault, essa obra é, se não exatamente religiosa, pelo menos profundamente moral. Trata-se de uma triste versão feminina dos Cristos torturados que ele pintou, uma figura desacreditada, menosprezada e escarnecida.
A ponte para o futuro:
A Brücke (Ponte) foi o primeiro de dois movimentos expressionistas que surgiram na Alemanha durante as primeiras décadas do século XX. O grupo formou-se em Dresden em 1905, e seus membros encontravam inspiração na obra de Van Gogh e Gauguin e na arte primitiva. Munch também era forte influência, tendo exposto em Berlim a partir de 1892. Ernst Ludwig Kirchner (1880 – 1938), o espírito condutor da Brücke, queria que a arte alemã fosse uma ponte para o futuro. Insistia para que o grupo, no qual se incluíam Erich Heckel (1883 – 1970) e Karl Schmidt-Rottluff (1884 – 1976), “expressasse convicções intimas [...] de modo sincero e espontâneo”.
Os fauvistas, mesmo em seus momentos mais desenfreados, conservavam um sentido de harmonia e projeto, mas a Brücke abandonou tal freio. Seus integrantes usavam imagens da cidade moderna para comunicar com figuras e tons distorcidos a idéia de um mundo hostil e alienante.

Filho de um marceneiro que trabalhava numa fábrica de pianos, Rouault nasceu num dia em que a Comuna de Paris estava a ser bombardeada pelas tropas francesas.
Os seus primeiros contactos com a arte deram-se na Escola de Artes Decorativas. Frequentava essa escola nos seus tempos livres, porque trabalhava como aprendiz no atelier de um mestre vidreiro.
Em 1890 matriculou-se na Escola das Belas Artes de Paris nas aulas dadas por Élie Delaunay. Com a morte de Delaunay, passou a ter aulas com Gustave Moureau que foi também professor de Matisse e de Marquet.
Rouault teve durante alguns tempos da sua vida o cargo de conservador do Museu Moreau.
Em 1908 casou-se com uma pianista de nome Marthe le Sidaner.
Em 1925 foi agraciado com o título de Cavalheiro da Legião de Honra como também já o fora Auguste Renoir.
Com a morte de Rouault o estado francês recebeu da família do artista cerca de oitocentas obras inacabadas.
A sua obra mais importante é, segundo alguns críticos, a série de pranchas que compõem a Miserere. Esta obra que devia ser constituída por 50 pranchas sobre Miserere e 50 pranchas sobre a guerra, acabou por ser formada só por 58 pranchas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Guernica de Pablo Picasso, por Joana Costa

No, la pintura no está hecha para decorar las habitaciones. Es un instrumento de guerra ofensivo y defensivo contra el enemigo.”
Pablo Picasso

"GUERNICA" é um óleo sobre tela de autoria de Pablo Picasso, datado de 1937. Executado para o pavilhão da República Espanhola, na Exposição Internacional de Paris. O painel tem as dimensões de 350 x 782 cm. Encontra-se actualmente exposto no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.
A pintura foi feita sem uso de cores, em preto e branco – algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, animais e edifícios destruídos pelo intenso bombardeio. A composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas.
Composição
1. Touro: representa a resistência espanhola, por simbolizar a tourada, ícone do país. A sua brutalidade pretende representar Franco, que assiste ao trágico espectáculo com fascínio.
2. A mãe inconsolável: ela grita de dor e olha para o céu, após a chuva de fogo que devastou a cidade. Em seus braços, o seu filho morto. A imagem lembra uma versão cubista da pietà, difundida no Renascimento, em que Maria ampara Jesus morto logo após ser retirado da cruz.
3. Guerreiro até ao fim: mutilado, o homem parece ter sido morto apesar da resistência que demonstra. Num dos seus braços há uma espada partida onde cresce uma flor, símbolo de esperança numa nova vida e honra aos que não desistiram de lutar pela sua pátria e pelos seus valores.
4. Cavalo: figura emblemática do quadro, no qual gera várias interpretações. Pela sua expressão, ele sofre como a mulher, mostrando que a natureza também foi brutalmente afectada pelos bombardeios. O animal, dilacerado por uma lança no dorso, olha na direção do touro, como se fosse o espanhol oprimido fitando o algoz Franco.Também serve como interpretação a angústia do povo. Por cima da cabeça do cavalo, está um candeeiro eléctrico aceso, em forma de sol, que sugere o "olho de deus" que tudo vê.
5. Luz: Uma figura fantasmagórica surge do nada e olha espantada o cavalo. Em seu braço disforme, uma lamparina, típica das casas dos camponeses da época, ilumina suavemente a cena.
6. Via crucis: Outra possível interpretação cristã. A mulher, completamente esgotada, caminha em direção à luz produzida pela lamparina e o candeeiro em formato de olho. A figura feminina lembra o sofrimento de Cristo, com uma enorme e invisível cruz nas costas.
7. Fogo dos céus: A figura à direita do quadro parece estar a ser consumida pelas chamas de um edifício a arder. Esta figura é também frequentemente comparada à figura central de "os fuzilamentos" do 3 de Maio de 1808 de Goya. Existe ainda uma semelhança entre os elementos que levaram a ambos os quadros: os dois foram actos de selvagem brutalidade contra pessoas inocentes.
Períodos
Azul (1901 – 1904)
Rosa (1905 – 1907)
Africano (1908 – 1909)
Cubismo Analítico (1909 – 1912)
Cubismo Sintético (1912 – 1919)
Período Azul
Obras sombrias de tons azul e verde, ocasionalmente usando outras cores. Desenhava prostitutas e mendigos, influenciado por viagens pela Espanha com o seu amigo, Carlos Casagemas. O arlequim tornou-se um símbolo para Picasso.
Período Rosa
Estilo mais alegre de tons rosa e laranja, com muitos arlequins. Muitas das pinturas foram influenciadas por Fernande Olivier.
Período Africano
Figuras inspiradas na África, com especial destaque no quadro Les Demoiselles d'Avignon. As ideias neste período levaram então ao Cubismo.
Cubismo Analítico
Um estilo desenvolvido com Braque, tons de castanho monocromáticas. Usaram objectos e analisaram as suas formas.
Cubismo Sintético
Estilo com fragmentos de papel colados em composições. Marcando assim o primeiro uso da colagem na Arte Plástica.
Conclusão
Para muitos esta obra é a síntese da força e da energia do artista. O acontecimento que inspirou o conhecido quadro foi a própria cidade de Guernica, capital da província Basca, a qual a 26 de Abril de 1937 foi alvo de bombardeamentos por parte de aviões alemães por ordem do General Franco. Dos 7000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos. A destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregado na 2ª Guerra Mundial. O Mural constituiu uma visão profética da desgraça.
Para mim, a obra significa mais de que a demonstração de repúdio e revolta do artista sobre o acontecimento, significa a dor e a indignação de um povo perante algo que não conseguiram evitar. Demonstra também uma forma de esperança e de luz, perante um mundo cheio de crueldade mas também de força. Para mim é o antes, o agora e o depois.
Bibliografia
¢ http://www.wikipédia.org/
¢ http://www.uc.pt/iej/alunos/1998-99/guernica/
¢ http://historia.abril.uol.com.br/2006/edicoes/grandesmomentos/mt_228551.shtml#texto

Durante uma revista ao quarto de Picasso, um oficial nazi pergunta, apontando para uma fotografia do mural de Guernica:
- Foi você quem fez isto?
Ao que Picasso respondeu:
- Não, foram vocês!

A Persistência da Memória de Salvador Dali, por Fátima Azevedo

A Persistência da Memória, Salvador Dali, 1931

“A Persistência da Memória” foi uma obra feita por Salvador Dali. Pretendeu reproduzir a “atmosfera” inquietante do sonho.
Salvador Dali baseava-se no Surrealismo. O Surrealismo procurou ultrapassar a percepção convencional e tradicional da realidade. Recusando uma rígida unidade estilística, o surrealismo concretizou-se num espectro muito alargado de linguagens que iam desde o realismo mais minucioso de Dali, de Magritte e de Paul Delvaux, às tendências mais abstractas de Miró ou de Hans Arp, englobando expressões como a pintura, a escultura, a fotografia ou o cinema. Foi desaparecendo enquanto movimento organizado com o surgir da Segunda Guerra Mundial, o Surrealismo teve repercussões consideráveis para o desenvolvimento de muitas das correntes artísticas da segunda metade do século XX.

Wassily Kandinsky - Yellow, Red, Blue 1925, por Andreia Teixeira

Wassily Kandinsky - Yellow, Red, Blue 1925;
Oil on canvas, 127x200cm; Centre Georges Pompidou, Paris.
O início do abstraccionismo
Já na década de 1910 Kandinsky desenvolve seus primeiros estudos não figurativos, fazendo com que seja considerado o primeiro pintor ocidental a produzir uma tela abstracta. Algumas das suas obras desta época, como "Murnau - Jardim I" (1910) e "Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a influência dos Verões que Kandinsky passava em Murnau nessa época, notando-se um crescente abstraccionismo nas suas paisagens.

Comentário:
A arte abstracta ou abstraccionismo não representa objectos próprios da nossa realidade concreta exterior. Usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representativa". Surge a partir das experiências das vanguardas europeias, que recusam a herança renascentista. Ainda que fosse representativa e figurativa, procurava sintetizar os elementos da realidade natural, fugindo à simples imitação daquilo que era "concreto". Kandinsky utiliza cores extremamente fortes para caracterizar o seu estado de espírito no momento, todas as formas geométricas são características do abstraccionismo do pintor.

Merry Structure de Kandinsky, por Andreia Filipa S. Santos

Merry Structure – Kandinsky

Comentário à pintura:
O jogo de formas geométricas e as cores vibrantes são bem visíveis, como também as linhas de contorno. Todas estas manchas de cor e linhas são transformados em ideias e simbolismos subjectivos. Nesta pintura verifico que Kandinsky utiliza cores puras em pinceladas rápidas, tensas e violentas.

O abstraccionismo inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição para construir uma arte imaginária ligada a uma “necessidade interior”, tenso sido influenciado pelo Expressionismo. Aparece como reacção às grandes revoluções do século, nomeadamente a I Guerra Mundial.

Ceci n'est pas Magritte, por Luísa Vieira


René François Ghislain Magritte(Lessines,21 de Novembro de1898-Bruxelas,15 de Agosto de 1967)

Pintor surrealista,nasce em 1898,Bélgica. Em 1912 sua mãe comete suicídio e Magritte está presente quando é retirado o cadáver do rio Sambre.
Em 1916,entra para a Académie Royale des Beaux-Arts,bruxelas,onde estuda por dois anos;durante esse periodo conhece Georgette Berger,com quem viria a casar em 1922.
Trabalha numa fábrica de papel de parede e é designer de cartazes e anúncios até 1926,quando o contrato com a Galerie la Centaure,fez da pintura a sua principal actividade.No mesmo ano cria a sua primeira pintura surrealista o "Le jockey perdu".Em 1927 apresenta a sua primeira exposição e muda-se para Paris,onde se envolve nas actividades do grupo surrealista,tornando-se grande amigo dos poetas Paul Èluard e André Breton e do pintor Marcel Duchamp.Mais tarde,Magritte retorna a Bruxelas e permanece na cidade durante a ocupação nazi,na Segunda Guerra Mundial.
Os suas obras foram expostas em 1936,Nova York,EUA,e em mais duas exposições retrospectivas na mesma cidade,uma no Museu de Arte Moderna(1965) e outra no Metropolitan Museum of Art(1992).
Magritte morre em 1967 vitima de cancro e é sepultado no Cemitério Schaarbeek,em Bruxelas.
Obra
O estilo de René Magritte era o surrealismo realista ou "realismo mágico".Iniciou-se imitando a vanguarda mas necessitava de uma componente mais poética como a da pintura metafísica de Chirico.



As suas obras são metáforas e representadas com tamanha nitidez o que caracteriza a preferência surrealista pelos paradoxos visuais:embora as coisas possam dar a impressão de serem normais,existem anomalias por toda a parte.
Magritte,pintor de insólitas imagens utilizou-se de processos ilusionistas:o contraste entre o tratamento realista dos objectos e a irreal atmosfera dos conjuntos.

O Surrealismo
O Surrealismo foi um movimento de ideias que se estendeu a vários campos:em primeiro lugar à literatura-tendo André Breton como teórico do movimento(1.º Manifesto Surrealista,1924);às artes plásticas com Max Ernst;mais tarde ao cinema com Dalí e Buñuel(1.º filme surrealista:"Un Chien Andalou",1928 e o mais importante "L´Age d´Or",1931);à fotografia com Man Ray e à música com Erik Satie.
Iniciou-se em França por volta de 1919,o seu nome foi-lhe atribuído pelo poéta Apollinaire,em 1917,aquando da representação do bailado"Parade" de Erik Satie,em Paris.
No campo conceptual,este movimento surgiu à semelhança do Dada como reacção à cultura e à civilização ocidentais e a tudo o que elas representassem,em particular o racionalismo e o convencionalismo;a estes valores opuseram outros:a liberdade e a irracionalidade,através de obras que utilizaram o sonho,a metáfora,o ínsólito,o inverosímil,contribuindo para a elevação do espirito,separando-o da matéria;aplicando ensinamentos de Freud e da psicanálise e até as teorias de Marx.
Em termos estéticos baseou-se no Romantismo e no Simbolismo(finais séc.XIX),em especial nas obras de Gustave Moreau e Odilon Redon;manteve contacto com a pintura metafísica(Chirico)e identificou-se com trabalhos de Picasso e Klee.Esta visão do mundo não exclusiva dos surrealistas,já apareceu no passado com Bosch(1450-1516) e com Arcimboldo(1537-1593).
Comforme os ideais enunciados no Manifesto Surrealista,as obras deste movimento seriam executadas à margem da razão,sem moralismos ou preocupações estéticas racionalizadas;a associação de ideias seria livre segundo a prática do "automatismo psíquico".
Plasticamente,utilizaram influências técnicas do Dadaísmo:
»-colagem,fronttage,assemblage,dripping e decalcomania com Max Ernst.
»-"desenho e pintura automáticos"com Masson.
»-técnicas clássicas,formas fantasmagóricas e "trompe-l´oeil" com Dalí,Magritte e Yves Tanguy.
As temáticas variavam entre:
»-o erotismo,o onírico e o sonho que revelavam o inconsciente.
»-o mundo da magia e de todas as forças alheias à racionalização e o senso comum.
Os autores mais importantes foram os pintores:
Max Ernst (1891-1976)
André Masson (1896-1987)
Yves Taguy (1900-1955)
Salvador Dalí (1904-1989)
René Magritte (1898-1967)
Paul Delvaux (1897-1994)
Juan Miró (1893-1983)
Man Ray (1890-1976)
Francis Picabia (1879-1953)
Marc Chagall (1887-1985)
...e algumas obras de Klee e Picasso;e os escultores Hans Arp,Giacometti e Moore.


Análise da Obra
Edward James,coleccionador inglês,fotografia de Man Ray.Um violento clarão,uma explusão de luz tomaram o lugar do rosto/cabeça que foi decapitada;o artista substituiu a verdade da arte pela representação,reprodução e repetição típica desta técnica.A sua ideia é que o instantâneo fotográfico,em vez de reconhecer a realidade,representa uma operação mecânica e uma manipulação que transforma a luz e a sombra numa ilusão errada.Sendo Magritte um fotógrafo pretende dar uma interpretação irónica ao trocar a posição das mãos e a colocar a pedra do outro lado.O retrato não é pintado para a frente mas antes parece ter sido empurrado para trás,através da tela e da luz do que é visivel,que sempre tem mais tendência para ocultar do que mostrar.Magritte pretende demonstrar que aquilo que vemos está,de facto,a esconder-nos alguma coisa,enquanto o que é invisivel é incapaz de continuar oculto;é até possivel mostrar o que não pode ser monstrado,ordenando as figuras visiveis de forma que possam ser apreciados os limites do visivel,porém só por si a pintura não poderia ultrapassar esses limites.
O Princípio do Prazer é o exemplo do princípio da pintura como afirmação sensorial cheia de realidades abstratas,inversão e perversão do mundo habitual em favor de um mais real,ou seja,a troca de um mundo de mandamentos e proibições por outro misterioso,uma promessa a que a arte e o pensamento deveriam responder.
Luísa Vieira

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Neste blog: as Provas de Exame da Disciplina de História

Para quem ainda não reparou, o 12ºB de História do Cerco do Porto, dispõe das provas de exame de História entre 1997 a 2006, directamente do site do Gave do Ministério da Educação. Para isso, basta ir aos links aqui do lado direito do blog e clicar no quadradinho respectivo. E agora estudem, investiguem e preparem-se, por favor.

Como analisar uma obra de arte (alguns princípios)

Les Demoiselles d'Avignon, Pablo Picasso, 1907
· Analisar uma obra de Arte
· Analisar uma obra como um documento que se inscreve no contexto de uma época
· Exprimir um comentário pessoal sobre uma obra de arte
Uma obra de arte, qualquer que seja a sua forma, é simultaneamente:
Þ Um testemunho do sentido do belo do seu criador
Þ Um documento histórico
Þ Um diálogo, afectivo ou intelectual, entre a obra de arte e o seu espectador, no caso das artes visuais
Uma obra de arte pode ser analisada de várias formas(esta é uma proposta, podendo haver outras) e pretende sempre alcançar os seguintes objectivos:
Þ Ajudar a apreender as técnicas utilizadas pelo autor para transmitir a sua mensagem
Þ Mostrar como a obra de arte é a expressão de um dado contexto histórico
Þ Sensibilizar para a fruição dos valores estéticos
Como analisar uma pintura
Deve ter-se sempre em conta certos dados técnicos que diferem de época para época, ou de autor para autor
1. Observar atentamente as informações dadas na legenda da obra : autor ; título ; data da execução; suporte ; dimensões; lugar de conservação
2. Obter dados sobre o autor : data e lugar de nascimento e morte ; origem social ; anos e lugares de formação; idade aquando da realização da obra; outras obras suas
3. Reconhecer o tipo de assunto representado : cena religiosa ; histórica ; mitológica; alegoria ; retrato ; paisagem ...
(se e quando apareceu ao público ; acolhimento...)
4. Analisar o assunto propriamente dito : descrever o que está representado ; lugares ; enquadramento da cena; personagens; acção das personagens ; objectos..
Deve tentar perceber-se porque é que o autor pintou um quadro com aquelas dimensões e não outras, proceder à análise da cena, do enquadramento desta, dos móveis, dos objectos representados, da paisagem, da posição das personagens, identificando-as, como estão vestidas, em que atitude se encontram , etc.
Análise plástica /A técnica pictural
A composição __ Quais são as linhas que organizam o quadro? Isto é, a organização das figuras segundo esquemas geométricos ou não, com eixos bem marcados ou não, segundo leis de perspectiva ou sem elas (como é criado o sentido de profundidade)
O desenho __ qual é a função da linha, a sua espessura e forma? Tem um papel fundamental ou acessório?
As cores __ Quais são as cores dominantes?, cores quentes ou frias?, fundamentais ou complementares?
A luz __ De onde vem a luz? Está repartida uniformemente? Qual é o seu efeito?
A técnica de pintura __ mancha larga, pontilhada, linear, sfumato, modelado
A matéria __ óleo, têmpera, etc
Deverá analisar se o olhar do espectador é atraído para algum ponto em especial e porquê ; o que se pretende traduzir com determinadas cores ; se o emprego de determinada técnica marca decididamente o estilo do autor; se o emprego de determinadas matérias representa um avanço em relação a outros, inserção ou não nas técnicas comuns, etc
Análise histórica
Porquê este tema ? Porquê esta técnica ? Porquê este estilo? Que efeito pretendeu produzir no público? Insere-se numa corrente artística ou rompe com as correntes dominantes?
A resposta a estas questões levará à descoberta de problemas relacionados com: tipos de encomendas , ideias perfilhadas pelo autor, mentalidade dominante ; tipo de materiais colocados à sua disposição, influências de outros artistas, etc
Fazer um comentário pessoal sobre a obra de arte
Comentar do ponto de vista pessoal uma obra de arte, é exprimir a sua adesão ou não, à obra, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista afectivo, justificando a sua posição
Conclusão
Com as informações fornecidas pela análise do quadro poderá concluir do valor histórico do documento que analisou, isto é, de que modo é que ele serve ou não de testemunho da sua época, fornecendo elementos de índole económica, social, política, religiosa e artística.

Prostituta ao Espelho, Georges Rouault

Exames nacionais passam a incidir só sobre o 12º ano?


Com o devido cuidado (nada disto é ainda oficial) transcrevemos uma notícia já aventada por alguns alunos da turma e saída hoje, dia 18 de Outubro, no «Público»
Exames nacionais passam a incidir só sobre o 12.º ano
18.10.2007, Isabel Leiria
Alteração das regras diz respeito a disciplinas leccionadas nos três anos do ensino secundário, como Português e Matemática
Afinal, a excepção criada no passado ano lectivo vai tornar-se regra. Os exames nacionais às disciplinas trienais realizados no final do 12.º ano vão incidir apenas sobre a matéria dada nesse ano. O Ministério da Educação voltou a alterar a legislação relativa à avaliação externa e determina agora que os alunos já não vão ser examinados sobre as matérias aprendidas ao longo de todo o ensino secundário.A portaria, assinada pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, foi publicada a 4 de Outubro e, de acordo com as novas normas, disciplinas como Português, leccionada no 10.º, 11.º e 12.º, em todos os cursos científico-humanísticos (mais orientados para o prosseguimento de estudos), só vão ser sujeitas, em termos de avaliação externa, a uma prova nacional que versa a matéria dada apenas no último ano. Já tinha sido assim em 2006/2007, mas o ministério invocou então a necessidade de colocar todos os alunos, da antiga e da nova reforma, em condições de igualdade. Na nova portaria não se fala em regime excepcional e altera-se o artigo correspondente. Para além do Português, os estudantes têm ainda de fazer outro exame nacional (obrigatório para a conclusão do secundário e para o ingresso no ensino superior, no caso de servirem de provas específicas) a uma segunda disciplina trienal. Que é variável consoante o curso. Assim, os alunos de Ciência e Tecnologias e de Ciências Sócio-Económicas, que têm Matemática A como disciplina trienal, quando chegarem ao 12.º, terão de fazer este exame, mas que incidirá sobre matéria deste ano e não dos três em que a tiveram. No caso dos estudantes de Línguas e Humanidades, repete-se a situação, mas em relação a História A ou a uma das línguas estrangeiras escolhidas. Para os de Artes Visuais, acontecerá a Desenho A. Quanto às duas disciplinas bienais, as regras mantêm-se e os exames vão versar os conhecimentos obtidos ao longo do 10.º e 11.º, ou do 11.º e 12.º, consoante o ano em que os alunos tenham iniciado a cadeira. O PÚBLICO tentou perceber junto do assessor de imprensa do ministério a razão da alteração mas não obteve resposta.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

«A Minha Força de Viver!», um livro da nossa Susana Pereira

Livro extraordinário este, o da Susana. Li-o num dia só, tal a força da escrita da Susana igual à da sua força de viver. Uma história forte de uma doença que foi vencida e que deve ser debatida por nós todos.
Entretanto, a Susana já foi convidada por uma turma (8ºF) da escola a contar a sua experiência e o seu livro pode ser encomendado aqui, endereçando o pedido para o nosso mail. Mas, principalmente, leiam o livro. Vale bem a pena, acreditem.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia de 1917, por Ricardo Mouta e Tiago Alves


Foto da Revolução Russa de 1917
Introdução:
A Revolução Russa foi uma série de acontecimentos ocorridos na Rússia imperial, que culminaram com a proclamação em 1917 de um Estado soviético, denominado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).A expressão Revolução Russa é relativa às duas revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (Março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.
A Revolução Russa de 1917 teve origem num conjunto de factores de ordem Politica, social e económica que é importante realçar.
Dos factores Políticos sublinhamos o seguinte:
- O império Russo era chefiado pelo Czar Nicolau II, em regime absolutista, ou de autocracia: o imperador detinha o poder absoluto, embora procura-se agradar apenas à Nobreza e ao Clero
- Em 1905, o descontentamento do povo manifestou-se de várias formas – Foi então que surgiram as primeiras assembleias de operários (Sovietes). Porém, as suas reivindicações foram reprimidas com violência.
- O descontentamento face ao regime político agravou-se com a participação da Rússia, a partir de 1914, na primeira grande guerra: Dos 13 milhões de soldados mobilizados, os mortos e desaparecidos rondavam os 13%.
- Vários Partidos políticos propunham a liberalização do regime; Coube à facção mais radical do partido social-democrata – os bolcheviques – a preparação da revolução de Outubro de 1917.
Dos factores sociais registamos:
A sociedade russa, nas vésperas da revolução, ainda era uma sociedade característica do período do antigo regime. Era composta, na sua maioria (cerca de 85%) por camponeses que cultivavam as terras – que não lhes pertenciam – para auto-consumo.
A Rússia manteve-se na cauda do arranque industrial. Consequentemente, a Burguesia era um grupo ainda em formação e sem quaisquer direitos políticos. O operariado era um grupo minoritário. Uma sociedade tão desigual não poderia deixar de provocar anseios revolucionários por parte da burguesia e do povo dos campos e das cidades
Factores Económicos:
A estrutura arcaica da economia russa, assente numa agricultura de subsistência e industrialização incipiente, aliada à injustiça distribuição de riqueza, criou o cenário propicio à tensão social.
Por seu lado, a participação na guerra veio alastrar os problemas económicos, provocando a carência dos bens mais elementares de consumo.
Lenine, líder dos bolcheviques
As duas faces da revolução (Fevereiro e Outubro de 1917)
A revolução de Fevereiro de 1917 consistiu num movimento armado contra o czarismo. O Assalto ao Palácio de Inverno foi protagonizado por camponeses, operários, soldados associados em sovietes. Kerenski, líder político que substituiu no poder o czar Nicolau II chefiou a Rússia sob forma de uma Republica Liberal. O governo de Kerenski, foi o responsável pela instauração do parlamento, a Duma. Nesse período, após o derrube do Czar (Fevereiro), a Rússia continuava envolvida na guerra e os problemas mantinham-se. A nível político, a autocracia dera lugar a um poder dual (partilhado por duas entidades: os governos liberais, por um lado, e os sovietes pelo outro).
Em consequência, em Outubro de 1917 os bolcheviques, com apoio dos sovietes, conduziram uma nova revolução, a chamada Revolução Bolchevique ou Revolução Soviética. Pela segunda vez, o Palácio de Inverno foi assaltado.
O governo provisório é substituído no poder pelo Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lenine.
A Revolução de Outubro teve repercussões mais marcantes para a história da Rússia do que a Revolução de Fevereiro, quer em termos político-sociais (foi responsável, nomeadamente, pela retirada da guerra, através do tratado de Brest-Litovsk), quer a nível ideológico, concretizando a primeira aplicação da prática da teoria de Marx, instaurando o marxismo-leninismo.
A queda do governo provisório (sem quaisquer oposição) foi também um dos efeitos a essa revolução.
A democracia dos sovietes colocou o poder politico nas mãos do conselho dos comissários do povo (exclusivamente bolchevique), entregou as terras aos camponeses e passou a haver também um controlo operário.
Mas tudo isto levantou alguns problemas, tais como: A resistência de proprietários e empresários às expropriações, a grande desorganização da economia, a perda das eleições por parte dos bolcheviques para a assembleia constituinte e a guerra civil (1918-1920) que opôs os mencheviques (exercito branco) contra os bolcheviques (exercito Vermelho). Tudo isto acaba em 1921 com a vitória dos bolcheviques, a acção politica de Lenine e com o aparecimento do comunismo de guerra.
Trotsky, Chefe do exército Vermelho
O comunismo de guerra (1918-1921) foi a concretização da ditadura do proletariado, substituindo a democracia dos sovietes. Em suma, o estado passou a controlar totalmente os meios de produção (Nacionalização da economia) como as terras, fábricas, comercio interno e externo etc. o trabalho passou a obrigatório, a assembleia constituinte foi dissolvida, o terror por parte da policia politica (campos de concentração), a proibição dos partidos políticos à excepção do comunista, como por exemplo o Partido bolchevique, entre outras medidas que sacrificaram a população já desgastada pelo esforço de guerra.
Isto tudo, não trouxe nada de positivo à população russa, muito pelo contrário. Apesar da requisição de géneros agrícolas aos camponeses, da fixação de preços obrigatórios e do trabalho obrigatório para os operários, a fome continuava.
Em 1921, a criação da NEP (Nova politica económica), constituiu uma viragem na economia, no sentido da liberdade de comércio como meio de superar a terrível crise económica herdada na guerra civil de 1918 – 1920 e das más colheitas de 1920. Os motivos da criação da NEP deveram-se à ruína da economia (fracasso do comunismo de guerra), provocada pelas devidas produções agrícolas e industriais, pela resistência às nacionalizações e à ditadura do Partido Comunista. A isto juntam-se as revoltas, a fome e a carestia, pela qual passava a população russa.
As medidas para a implantação desta nova politica económica passaram pela interrupção da colectivização agrária; a liberdade do comércio interno; das nacionalizações de empresas; o investimento financeiro e a maior liberdade de produção e venda.
Por ultimo as suas consequências, positiva, por sinal, pois levaram a um desenvolvimento da economia na Rússia, foram: - Liberdade económica, que fez desenvolver uma nova burguesia de ricos comerciantes e industriais; - permitiu que os camponeses vendessem directamente os seus produtos no mercado interno; - desenvolveu pequenas empresas ao controlo privado, aceitou a ajuda do estrangeiro em investimentos como maquinaria, matérias-primas, técnicos e eliminou o trabalho obrigatório, que tinha sido “imposto” a quando a concretização do comunismo de guerra.
A NEP, aplicada entre 1921 e 1927, foi um “balão de oxigénio” para a economia, pois resultou numa melhoria significativa dos níveis de produção agrícola e industrial.
Em 1922 foi criada a União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS). Esta tomou o nome de centralismo democrático, sistema que assentava nos em certos princípios. Nesta altura, e com a criação da URSS, o poder partia das bases da sociedade – Sovietes. Estes eram eleitos pela população através de sufrágio universal, que a partir daí, elegiam-se sucessivamente.
A organização do partido comunista, criado em 1918 a partir do partido bolchevique, e que seguia as mesmas bases, a mesma estrutura. Por seu lado, estas bases, teriam de obedecer aos órgãos de topo do estado. Ao contrário de outras democracias no ocidente da Europa, não existia a separação dos poderes (legislativo, executivo e judicial). O Estado era controlado pelo partido comunista, pois apenas este, era permitido. Considerava-se que era o único partido que podia representar o proletariado.
Conclusão: A Revolução Russa foi um dos acontecimentos históricos mais importantes ocorridos durante a Primeira Guerra Mundial. A sua importância decorre do facto de ter provocado a ruptura da ordem socioeconómica capitalista, que se espalhava pelo mundo sob a hegemonia das grandes potências europeias e dos Estados Unidos.
Durante o século XIX, as ideias socialistas elaboradas principalmente na Europa centro-ocidental difundiram-se cada vez mais pelas diversas partes do mundo.
As causas da Revolução Russa de 1917 foram as diversas derrotas na Primeira Guerra Mundial e noutras guerras, o governo absolutista e corrupto, crise económica e administrativa do país, desigualdade social, fome, altos impostos, entre outros fatores.
Este trabalho deu-nos a possibilidade de conhecer de uma forma aprofundada, aqueles que foram dos acontecimentos da história mundial. Acontecimentos que mudaram o mundo.
O seu estudo é sem dúvida enriquecedor e estimula o interesse pelas histórias e culturas dos séculos passados.
Ricardo Mouta Nº9
Tiago Alves Nº14

sábado, 6 de outubro de 2007

O Século XX após o Tratado de Versalhes, por Susana Pereira


Introdução:
Após o Tratado de Versalhes, houve um desmembramento do império Austro-Húngaro e alteração de fronteiras, isto é, ocorreu a separação da Hungria e da Áustria, o aumento do território Romeno e a independência da Checoslováquia.
No império Russo, ocorreu a independência da Finlândia, Letónia e Estónia. Também surgiu, o reaparecimento da Polónia, mas, desta vez com a Alemanha e a Áustria.
Por fim, o Império Otomano, na Europa ficou apenas com Constantinopla, que nos dias de hoje, é conhecido como Istambul, tendo as suas fronteiras sido alteradas.
O que foi o Tratado de Versalhes?
Assinado em 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de Paz autenticados pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Neste tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, económicas e militares.
Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, principalmente, Inglaterra e França.
Em 1920, a liga das Nações (Futura ONU) ratificou o Tratado de Versalhes.
Com o Tratado de Versalhes, alguns regimes autoritários (absolutistas) foram substituídos por democracias Parlamentares, tais como o:
- Império Austro-Húngaro;
- Império Russo;
- Império Otomano; e
- Império Alemão, (este só a nível político).
As mudanças fizeram-se sentir a nível: Politico, Económico e Social.
Politicamente, eram autocracias, baseadas em monarquias de tipo absolutista e Estados multiétnicos.
Economicamente, as agriculturas eram atrasadas, havia uma fraca industrialização devido aos salários, que eram fracos, e a dependência do capital estrangeiro, isto é, com a crise ficamos a depender monetariamente de outras países.

Socialmente, houve grandes desníveis sociais, o domínio das elites aristocráticas e a péssima situação dos camponeses e operários.
Já depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a Sociedade das Nações (SDN), que teve como objectivos:
- Manter a Paz Mundial e a segurança dos Estados;
- Fomentar a cooperação financeira e económica entre os Estados; e
- A cooperação Socio-Económica.
Mas, após estes objectivos, surgiram algumas consequências, tais como:
- Os países vencedores não verificaram na sua totalidade os textos do tratado;
- Os EUA nunca chegaram a aderir à SDN; e
- As potências vencidas, que principalmente, na Alemanha foram humilhadas inutilmente.
As fortes imposições do tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer, neste país, um sentimento de revolta entre a população.
A indemnização absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra.
A Alemanha foi obrigada a:
- Entregar todo seu equipamento bélico;
- A retirar suas tropas da região do Reno (próximo da França);
- A reduzir o efectivo militar;
E foi proibida de se unir à Áustria e perdeu todos os seus territórios na África e Ásia. Na Europa, o país foi obrigado a devolver as regiões da Alsácia e Lorena à França e as regiões de Dantzig (de população predominantemente alemã) à Polónia.
O governo alemão foi obrigado a pagar uma pesada indemnização não somente aos países que haviam sido invadidos, mas também aos EUA, Inglaterra e algumas de suas colónias, fortalecendo o imperialismo britânico.
A Itália pode ser considerada como uma grande derrotada na 1ª Guerra. Apesar de ter lutado a favor dos Aliados, de ter contribuído com recursos materiais e de ter parte do seu território ocupado e destruído durante a guerra, não conseguiu ver atendidas as suas reivindicações territoriais e recebeu uma parcela irrisória das indemnizações pagas pela Alemanha.
Situação da Alemanha:
Ao final da 1ª Guerra, a monarquia foi eliminada, considerada como culpada pelo fracasso da política bélica alemã, e desta forma, o exército procurou sair da guerra como uma instituição vitoriosa: cumprira sua missão, o território alemão não havia sido invadido. O sentimento difundido pela cúpula militar pretendia atingir não apenas a grande massa de soldados, mas a sociedade em geral, e o exército continuará a ter um papel importante na vida política e social do país.

Conclusão:
As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas pela forte crise moral e económica na Alemanha, (como por exemplo: Inflação, Desemprego, Desvalorização do Marco), terreno, esse, fértil para o surgimento e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para um outro conflito armado – A Segunda Guerra Mundial).
Termino este trabalho, dizendo que foi interessante construí-lo, pois fez-me entender melhor este tema. E interiorizando assim melhor o assunto, e todos os critérios que o englobam.
Bibliografia:
Para efectuar este trabalho, pesquisei na Internet, no seguinte site:
- http://t2w.com.br/versalhes.htm
E, também, no caderno diário.

A Geografia Política após a I Guerra Mundial, por Fátima Azevedo

Introdução:
A Europa do pós-1.ª Guerra Mundial apresentava um quadro geopolítico substancialmente diferente do anterior ao tratado de Versalhes.
Em Portugal, no pós-1.ª Guerra Mundial, a 1.ª República conheceu um período de dificuldades económicas e de instabilidade política e social.
Antes da 1-ªGuerra Mundial
A Europa em 1914 – Três grandes potências dominava: o Império Alemão, o Império, Austro-húngaro e o Império Russo.
Na Península Balcânica, os Aliados, através de uma forte ofensiva, levaram a Turquia, Bulgária e o Império Austro-Húngaro a desistirem, pedindo a paz. Na Alemanha, a agitação social tornou-se cada vez mais forte, devido ás derrotas militares e á crise económica que se vivia.
Terminava uma guerra que durara quatro longos anos e que trouxe graves consequências.
Com o fim da 1.ªGuerra Mundial iniciou-se uma nova ordem internacional, tornando-se imperativo restabelecer a paz, sendo que os países vencidos não foram convidados para discutir os termos em que essa paz se deveria estabelecer.
A vitória das democracias na 1.ª Guerra Mundial ficou bem perceptível no Tratado de Versalhes, saído da Conferência da Paz realizada em Paris, em Julho de 1919.
Depois da 1.ª Guerra Mundial
A Europa política após a 1.ª Guerra Mundial – Dos Tratados de Paz nasceu um “mosaico” de novos estados na Europa Central e oriental.
Com a vitória dos Aliados, as monarquias autoritárias caíram. O sistema democrático e parlamentar foi adoptado pela maior parte dos países da Europa Central, adoptando-se o sufrágio universal. Em alguns países, os partidos comunista e socialista puderam participar nas eleições.
Os grandes Impérios desagregaram-se ou extinguiram-se como o Austro-húngaro e o Otomano. Os povos eslavos, dependentes do Império Austro-húngaro, associaram-se aos sérvios, montenegrinos, bósnios e herzegovinos, compondo a Jugoslávia. Surgiram novos países como a Polónia, Checoslováquia, a Estónia, a Letónia, a Lituânia e a Finlândia.
Por sua vez, a Alemanha, a grande vencida desta guerra, perdeu todas as suas colónias em benefício da Inglaterra, França, Japão e África do Sul.
Na Rússia, e enquanto se desenrolava a guerra, em 1917 deu-se uma revolução que levou à queda do czar, à nacionalização dos bens de produção e à instauração de um regime comunista.
Conclusão:
Neste trabalho como podem observar falei sobre a Geografia Política após a 1.ª Guerra Mundial. Nos mapas que coloquei, podem notar as diferenças antes da guerra e depois da guerra.
O tema deste trabalho abarcou um tema atraente, o que me deu bastante interesse de fazê-lo.
Bibliografia
Para fazer este trabalho utilizei os manuais de História do 9ºano da Porto Editora – Natércia Crisanto, Isabel Simões e de j. Amado Mendes e também o manual de História do 12ºano da Porto Editora – Pedro Almiro Neves, Ana Lídia pinto de Maria Manuela Carvalho.

Os movimentos feministas nos séculos XIX e XX, por Diana Freitas e Joana Santos


Votes for Women, de Joyce Marlow, ed. Virago Press

Feminismo: Corrente social e política que preconiza a luta das mulheres pela igualdade de direitos em relação aos homens:
· Jurídica (perante a lei);
· Intelectual (instrução);
· Económica (profissão, trabalho, salário…);
· Política (direito de voto e de ser eleita…);
· Social (relação com os homens, estatuto familiar e social).
Até ao século XIX (época pré-indústrial), o estatuto social da mulher podia ser resumido da seguinte maneira:
· Era vista como um ser que necessitava da protecção e tutela do homem;
Nos princípios do século XIX (com a industrialização), a mulher passou a ser vista como objecto de trabalho, ou seja, sendo explorada, principalmente nas fábricas têxteis e de carvão. Este abuso verificava-se pelo número excessivo de horas de trabalho (16 horas), assim como na remuneração (salário), que correspondia, injustamente, a metade da dos homens.
Face a esta situação, a Mulher iniciou a luta pela sua emancipação que, por sua vez se fez sentir através dos movimentos sufragistas (princípios do século XX) que visavam na luta pela liberdade, igualdade de direitos e o sufrágio universal. Emmeline Pankhurst e Emily Davison foram duas das sufragistas célebres inglesas.
Devido ao forte impacto destes movimentos sufragistas, já no século XX se verificava a presença da Mulher na sociedade, como por exemplo:
· Em 1918, as mulheres inglesas com mais de 30 anos obtinham o direito de voto;
· Em 1928, todas as mulheres inglesas com 21 anos já poderiam votar;
· Presença da mulher em quase todos os sectores de actividade económica e social, em consequência da primeira Guerra Mundial;
· Acesso a divertimentos e desportos (Maria Belmonte);
· Liberalização do traje e da moda (saias travadas e pelo tornozelo, uso da saia-calça, inovação do soutien);
· Preferência pelo corte de cabelo curto;
· Controlo da natalidade (novo conceito de família: pai, mãe, filhos).
Enquanto que, no princípio do século XX o casamento era visto como a fundação de um lar, lançar as bases de uma realidade social bem definida e clara perante a sociedade, já a partir de 1930, o casamento-contrato deu lugar ao casamento por amor. Esta mudança radical contribuiu, claramente para a laicização das sociedades ocidentais.
Concluindo:
Sabendo o objectivo principal dos movimentos feministas, verifica-se que apesar de todas as conquistas para obter a igualdade de direitos e liberdade perante o homem ainda hoje podemos ver a luta constante em várias civilizações, como por exemplo: nos países orientais os homens “compram” ou “trocam” as suas esposas por camelos como se apenas fossem mercadorias; em Marrocos, as mulheres não têm qualquer actividade na sociedade (para viajarem só com a autorização do marido, sair à rua só com a burca e preferencialmente acompanhadas).
Apesar das diferenças culturais, económicas, politicas e sociais, a luta feminista é constante.
Trabalho realizado por:
Diana nº5
Joana nº6
12ºB

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A Implantação do Comunismo na Rússia, Andreia Santos e Andreia Teixeira

Lenine em plena revolução russa de 1917
Introdução
As (duas) Revoluções Russas foram formidáveis movimentos de massas e ideias que deram novo perfil a História da Humanidade: transformaram a vida de milhões e empolgaram ou aterrorizaram outros tantos. A bibliografia sobre ambas é vastíssima e continuam a provocar polémica. Naturalmente que isto se deveu a uma maior integração económica e comercial do mundo, assim como pelo desenvolvimento das comunicações. Os sociais-democratas defendiam as seguintes posições:
A prática do terrorismo era absolutamente inofensiva pois não abalava a estrutura do regime: "de que adianta abater o czar se o czravitch está logo ali para substituir o seu pai? ". Era necessário desenvolver um longo e amplo trabalho de "preparação" das massas, através da propaganda e da agitação. Levá-las à consciência da certeza da derrubada do czarismo como um todo e não em acções isoladas.
Favorecer a implantação do capitalismo na Rússia. Quanto mais empresas e indústrias lá se instalassem mais cresceria o proletariado urbano e favoreceria o surgimento da única classe verdadeiramente revolucionária. Ironicamente, esta posição dos marxistas, serviu para que fossem vistos como menos perigosos pela Okrana, a polícia secreta do Czar, que passou dedicar maior atenção àqueles que, no momento, lhes pareciam mais ameaçadores, os terroristas populistas.
Os mencheviques, influenciados pelo pensamento convencional do marxismo europeu, afixavam:
Ÿ A formação de um partido o mais amplo possível, considerando todo colaborador - directo ou indirecto como um membro do partido;
Ÿ Não acreditavam na possibilidade da Rússia transitar rumo ao Socialismo sem antes percorrer o desenvolvimento do Capitalismo;
Ÿ Como consequência, deveriam aliar-se à burguesia para depor o czarismo.
Os bolcheviques liderados por Lenine, tinham outra proposta:
Ÿ O partido deveria ser formado por revolucionários profissionais, só sendo membro quem militasse activamente nas suas fileiras, isso devia-se à permanente infiltração de "agentes provocadores da polícia secreta do czar e pelas condições gerais da repressão na Rússia, que não permitiam a existência de um partido "aberto";
Da Revolução de Fevereiro à Revolução de Outubro:
«A insurreição começou, de facto, em pleno dia e do modo mais natural. O Governo Provisória tratava de enviar a guarnição de Petrogrado para a frente de batalha (com a Alemanha, durante a primeira Grande guerra). A guarnição de Petrogrado era composta de 60 000 homens que tinham desempenhado um papel de primeiro plano na Revolução. Foram estes homens que mudaram o curso dos acontecimentos durante as grandes jornadas de Março, os que tinham criado o Soviete de Deputados de Soldados e repelido Kornilov às portas de Petrogrado. Grande número destes homens tinham se transformado em bolcheviques. (…)
Era evidente que qualquer tentativa de insurreição dependia da atitude da guarnição de Petrogrado. Por esse motivo o Governo Provisório queria substituir os regimentos da capital por tropas de confiança: os cossacos e batalhões da morte. Os comités do exército, os socialistas moderados e o Tsik partilhavam da mesma opinião. Assim, pois, organizou-se na frente e em Petrogrado uma vasta campanha que tinha como base o facto de haver oito meses que a guarnição de Petrogrado levava boa vida nos quartéis da capital, enquanto na frente os camaradas, esgotados, morriam de fome nas trincheiras (…).
A 25 de Outubro, à porta fechada, o comité central do Soviete de Petrogrado examinou a criação de um comité militar especial que decidiria sobre a atitude que devia ser adoptada. (…) A 29 de Outubro, no curso de uma sessão pública do Soviete de Petrogrado, Trotski propôs o reconhecimento oficial, pelo Soviete, do Comité Militar Revolucionário. (…)
A 30 de Outubro, numa assembleia de representantes de todos os regimentos de Petrogrado, foi adoptada a seguinte resolução: “A guarnição de Petrogrado não reconhece o Governo Provisório. O Soviete de Petrogrado é que é o nosso Governo. Só obedeceremos ás ordens que emanem do Soviete de Petrogrado por intermédio do seu Comité Militar é Militar Revolucionário.”
John Reed, Dez dias que Abalaram o Mundo, Europa-América, 1976
As três etapas da Revolução de 1917
De Fevereiro a Julho: O governo encontrou-se dividido entre o Governo Provisório liderado pela burguesia, classe-média e sectores da nobreza liberal e os Sovietes (de operários soldados e marinheiros) sem cuja aceitação pouco podia ser feita.
De Julho a Setembro: a insistência do Governo Provisório em manter o país na guerra contra a Alemanha, levou a exacerbação dos sectores populares e, tanto os bolcheviques (em Julho) como os contra-revolucionários (em Setembro), tentam derrubar o governo de Kerenski (um social-revolucionário) que representava a aliança entre os liberais, os mencheviques e os social-revolucionários. A tentativa direitista do Gen. Kornilov fracassa. Os bolcheviques que haviam sido perseguidos e presos (inclusive obrigando Lenine a refugiar-se temporariamente na Finlândia), voltam a gozar de popularidade.
De Setembro a Outubro: a ofensiva militar contra os alemães, organizada por Kerenski (pressionado pelos aliados franco-britânicos) é derrotada. Milhares de soldados abandonam o fronte, desertando em massa, terminando por engrossar as fileiras dos bolcheviques que prometiam paz imediata e distribuição das terras para os camponeses. O Governo Provisório não tinha mais condições de subsistir. No dia 25 de Outubro, os bolcheviques apoiados pelos principais regimentos de Petrogrado, pelos marinheiros da esquadra do Báltico e da Fortaleza de Kronstadt, e pelos Guardas Vermelhos (operários armados) tomam de assalto o Palácio de Inverno – sede do Governo Provisório. O mesmo acontece na maior parte do país, havendo apenas resistência maior em Moscovo. O golpe de Estado desfechado pelos bolcheviques foi incruento – poucas foram as vítimas em Outubro e Novembro. O país ainda teria que enfrentar uma ameaça ainda maior que a própria guerra – a guerra civil (1918-21) que atingiria todas as aldeias e rincões do país, levando-o à completa exaustão e a mais de um milhão de mortos.
A NEP e a reconstrução nacional
Em 1921, foi criada a NEP (a Nova Política Económica) que restabelecia as práticas capitalistas vigentes antes da Revolução. Os camponeses passariam a vender uma pequena parte da produção para o Estado a preço fixo, o restante podia ser vendido no mercado. Também permitiu o desenvolvimento de empreendimentos capitalistas na pequena indústria e no comércio. O estímulo pelo ganho pessoal foi reintroduzido e o igualitarismo teve que ceder passo à hierarquia e aos privilégios materiais. O país passou a ter uma constituição produtiva retrógrada, medidas socialistas (estatização das empresas, minas, transportes e bancos), conviviam com medidas capitalistas (o médio produtor rural, o capitalismo urbano) e com a economia tradicional (economia de subsistência empregada pelos camponeses pobres). Permitindo no entanto a sobrevivência do regime dando-lhe folga necessária para a reordenação de forças. O próprio Lenine teve dificuldade em definir o estado de coisas, que ironicamente classificava: como "uma mistura de czarismo com práticas capitalistas besuntadas por um verniz soviético". Os resultados práticos não demoraram a surtir efeito. Lentamente a produção agrícola foi sendo restabelecida; o sistema viário voltou a funcionar com maior regularidade e as pequenas indústrias começaram a lançar os seus produtos no mercado.
Conclusão
Estas condições favoreceram uma profunda acção de reconstrução económica interna, concebida e planeada por Lenine (a NEP), a qual, através de um recuo estratégico ao restabelecimento da pequena livre iniciativa e da pequena propriedade privada, e admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros, conseguiu que, até 1927,a URSS atingisse níveis de produção idênticos aos de 1913.
Bibliografia
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/rev_russa8.htm
Cadernos de História A7, de Pedro Almiro Neves, Ana Lídia Pinto e Maria Manuela Carvalho – Porto Editora.
Ÿ Cadernos de História A7, de Pedro Almiro Neves, Ana Lídia Pinto e Maria Manuela Carvalho – Porto Editora.

A era da Prosperidade nos EUA, Rute Teixeira e Marta Sousa

O Fordismo - o modelo Ford T, nos EUA, anos 20.

Com o final da guerra (1914 – 1918), a economia mundial entrou num período de grande instabilidade. Debilitados pela guerra, a maioria dos países da Europa deparou-se com uma difícil reconstrução e reconversão económica, o que gerou graves crises inflacionistas.
Foi uma recuperação económica difícil para a Europa, o que gerou uma maior dependência em relação aos Estados Unidos da América por parte da mesma.
A partir de 1923 verificou-se um crescimento e um desenvolvimento económico nos EUA, o que deu origem à “ era da prosperidade” tornando-se estes os grandes fornecedores e credores da Europa.

Durante o período em que os historiadores denominaram de “ era da prosperidade” verificou-se um forte crescimento na produção industrial dos EUA (64%), assim como um alargamento quer do mercado interno quer do mercado externo (expansão do crédito e da Bolsa, a concentração industrial em trusts e holdings, assim como as redes de drugstores, que representavam igualmente uma forte concentração comercial).
Assiste-se também a um crescimento económico rápido, possibilitado pelos novos métodos de produção e de organização do trabalho – o taylorismo (racionalização do trabalho assente no principio do trabalho em cadeia, em que cada operário desempenhava apenas uma tarefa) e o fordismo (baseado no taylorismo, é um sistema de produção em série ou em massa, através de uma uniformização de modelos (estandardização)).
Os industriais, tomando o exemplo de Henry Ford (fordismo), puseram em prática uma política de altos salários, garantindo assim o poder de compra que era necessário ao escoamento da produção estimulado pelos novos sistemas de vendas a crédito e da publicidade.
Esta expansão criou o mito de uma prosperidade permanente, na opinião americana. Na verdade, esta “era“ contribuiu para a criação do “ estilo de vida americano “ (the american way of life).
Apesar de conter os seus pontos fracos, a “era da prosperidade” mostrou ao mundo o que iria simbolizar o modelo da ” civilização contemporânea “.

As Mutações nos Comportamentos e na Cultura, no séc. XIX, por Susana Azevedo

Mapa de Paris (séc. XIX)
Introdução
Com este rabalho para a disciplina de História, cuja temática é “ As mutações nos comportamentos e na cultura”, concretamente “ As transformações da vida urbana”; pretendo obter maior conhecimento acerca das transformações ocorridas na cidade e deu-me a possibilidade de crescer ao nível da escrita e de passar a ter uma perspectiva diferente sobre a disciplina de História.
As mutações nos comportamentos e na cultura
As transformações da vida urbana:
Os núcleos urbanos cresceram e como consequência:
- A cidade passou a situar-se no primeiro lugar da vida social;
- O desenvolvimento das cidades destacou-se, ainda no século XIX como um dos fenómenos mais importantes da História;
- A industrialização veio alterar profundamente a dimensão e o carácter das cidades.
Características semelhantes da cidade:
- Casario denso e muitas vezes uniforme ao longo de avenidas e ruas ao redor de largos e praças;
- Ritmo agitado;
- Tráfego caótico;
- Poluição;
As metrópoles, grandes cidades:
- Cresceram desmesuradamente;
- Englobaram centros urbanos vizinhos;
- Formação de superfícies edificadas.
Transformaram-se em “megalópes”
Une-se a área urbanizada entre a cidade ao longo de centenas de quilómetros.
Exemplos: Washington e Boston
Mudanças da própria estrutura urbana nas metrópoles e megalópoles:
- O coração da cidade deixou de ser a praça ou a catedral, um lugar onde as pessoas se encontravam;
- Os grandes arranha-céus, os grandes edifícios públicos, os grandes centros comerciais, as sedes das grandes empresas e dos bancos passaram a constituir pólos agregadores de “novos centros”.
As cidades tiveram que recorrer aos serviços públicos:
- O crescimento rápido e contínuo das cidades veio romper um equilíbrio milenar entre a cidade e o campo e, dentro da cidade, entre os seus moradores, perturbando, ainda, as relações naturais que existiam entre o lar e os locais de trabalho.
Conclusão
Confesso que o desafio não foi fácil, mas concluo que foi enriquecedor sobre o ponto de vista histórico e pessoal. Senti alguma autonomia para abordar o assunto e por isso gostei deste pequeno desafio proposto pelo professor desta mesma disciplina.

Nome: Susana Azevedo
Turma: B
Ano: 12º