quarta-feira, 11 de junho de 2008

Da Globalização ao debate sobre o Estado-Nação, por Ricardo Mouta




Globalização – O debate do Estado-Nação

Nos finais do XX e o início do Século XXI, surgiram novos fenómenos no Mundo

Mutação Civilizacional

A revolução das tecnologias e da comunicação transformaram o Mundo

GLOBALIZAÇÃO

Estas mudanças profundas trouxeram rupturas económicas, sociais e Choques Culturais.

Globalização: É um dos processos de aprofundamento da integração económica, social, cultural, política, tornando acessível os meios de transporte e comunicação entre países de todo o Mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenómeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma Aldeia Global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados

A Globalização foi determinante para uma alteração na Economia dos Países Mundiais.
A Abertura económica ganhou maior amplitude, com o Fim da União Soviética. Liberalizaram-se não só os movimentos de bens e de serviços mas também os movimentos de capitais. A intensificação deste fenómeno atingiu grandes proporções. Atingiu vários domínios da vida contemporânea e foi visto por muitos como uma ruptura de ligação ao passado, designando-a como Globalização.

A Globalização da economia diminuiu a capacidade dos Governos perante o mercado mundial.
No mundo actual, a globalização económica é uma realidade do tempo presente (Com origem nos anos 80) que se apresenta sob várias vertentes: Comercial, Empresarial e Financeira.

A Mundialização teve impacto na vida das populações a partir do Século XVI

A aceleração crescente da Mundialização, trouxe uma unificação de mercados e retirou ao Estado-Nação a centralidade de Equilíbrios: - Económicos
- Sociais
- Políticos

Actualmente confronta-se com a Explosão de Realidades Étnicas e dos Nacionalismos e com a superação por Entidades Supranacionais ou ultrapassagem por questões transaccionais, como as migrações, a segurança e o ambiente.
Na actualidade várias questões atravessam o Debate do Estado-Nação
- Multiplicaram-se os movimentos nacionalistas (em todos continentes)
(Conflitos Israelo – Palestinos e os conflitos nos Balcãs)

O Intensificar dos nacionalismos (11 de Setembro 2001, EUA. Atentado terrorista às Torres Gémeas)
- Por outro lado, acentuam-se os Acordos Interestatais
Acordos Criando Espaços económicos crescentemente unificados – diminuem poder decisão dos estados nacionais, quer se trate de caso original de soberania partilhada da UE.
A integração dos Estados em Entidades supranacionais (no caso Português, a UE) e as reivindicações de entidades regionais e locais
Debate sobre a perda de soberania do ESTADO-NAÇÃO

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Degradação das condições de existência na África subsariana. Susana Pereira, Andreia Santos e Andreia Teixeira

Na África subsariana, a descolonização e a independência não trouxeram nem a paz nem o desenvolvimento aos jovens Estados africanos.
Entre a Líbia e o Chade, a África do sul e a Namíbia, o Uganda e a Tanzânia, tal como o Mali e o Burkina Faso, houve conflitos fronteiriços.
A instabilidade política levou a um aumento das dificuldades económicas. O PIB (Produto Nacional Bruto), em África diminuiu gradualmente. Mais de metade da população da África subsariana vivia perto do limiar da pobreza.
O vigoroso crescimento demográfico e a diminuição da mortalidade infantil não são acompanhados pelo aumento da produção.
A baixa esperança de vida era uma situação dramática para as populações, tais como:



- O traçado arbitrário das fronteiras – separam etnias e religiões.

- A debilidade do Estado e a instabilidade política – Clientelismo, a debilidade dos serviços públicos e a existência de privilégios, o recurso à corrupção)

- O endividamento dos países africanos

- A dependência económica – O fornecimento de matérias-primas baratas foi acompanhado por uma exploração económica dos recursos que não beneficia as populações. E em consequência, aumenta a mortalidade provocada pela fome e pela propagação de doenças, como por exemplo, a SIDA.

domingo, 18 de maio de 2008

Corunha, aí vamos nós...e já viemos! De 19 a 21 de Maio, sempre presentes na Galiza

Domus - Casa do Homem (clicar aqui)

Bom e já fomos! Por sinal, muito bem recebidos à chegada de dia 19 com uma recepção no Centro Escolar IES AGRA DO ÓRZAN. Receberam-nos um representante do Ayuntamento da Corunha, a directora da escola e a Ana do Ayuntamento que nos acompanhou sempre. De imediato, fomos para o restaurante do Aquário Finisterrae. Depois de almoço descansámos um pouco em frente ao mar (mar que esteve sempre connosco e com um tempo incrível de bom!) e lá fomos ver o Aquário que era muito interessante. Podíamos mexer em (quase) tudo.
O Aquário Finisterrae

À tarde visitámos a Dómus - Casa do Homem e foi mais uma boa surpresa. Aí, pudemos experimentar sensações ligadas ao cheiro, ao paladar, ao tacto, à motricidade e à física. Observámos, com atenção, a mostra sobre genética e evolução humanas.


Um coração que fomos visitar na Dómus

Seguiu-se um passeio livre pela cidade da Corunha e visita ao alojamento nos Salesianos. Depois jantar (podemos dizer agora: foi igual ao almoço, mas por uma questão de cortesia não dissémos nada - ah, foram panados, sim!). À noite fomos passear para a praia em frente, para o paseo e esplanadas circundantes. Os professores apostaram nas esplanadas!

A Torre de Hércules e os seus 264 degraus

No dia seguinte, dia 20, o programa era de «rebentar as bolhas dos pés»! Às 10h da manhã (houve quem dormisse pouco nessa noite, bem feito!) começámos com uma visita à Corunha Velha e ao Museu Arqueológico que era uma antiga fortaleza filipina. Na Plaza Mayor ou de Maria Pita soubemos que foi uma espécie de Padeira de Aljubarrota local que organizou a luta e a resistência contra um pirata conhecido - Francis Drake (que por acaso também nos atacou, tendo tomado Lagos, mas aí não havia nenhuma Maria Pita!).


A estátua a Maria Pita na Plaza Mayor

Almoçámos no Aquário Finisterrae, mas agora hamburgueres com batata frita. Não vimos nenhum panado à espreita. Depois fomos assistir a um espectáculo que os alunos do Centro Escolar (só com 400 alunos, vejam a diferença para a nossa escola!) nos dedicaram com algum realce para a dança da Andrea, as gaitas de foles da Galiza, o karaté e a técnica do diablo. As duas cantoras também não estavam nada mal, não senhor. Muitas palmas, muito entusiasmo, até à próxima e seguimos para a subida do ascensor panorâmico ao Monte San Pedro. Foi depois que sobreveio o momento mais emocionante - o da despedida dos colegas galegos. Podem não acreditar mas as despedidas foram feitas um por um, isto é, 42 alunos da Corunha despediram-se de 44 alunos do Porto individualmente. Foi lindo. De propósito, não referi que, depois de almoço, subimos ao topo da Torre Hércules constituída por 264 degraus. Dá para imaginar como estavam os nossos pés e pernas. Uma aluna queixou-se, até, de «abcessos musculares!» Eu, por mim, nunca me queixei e não consta de se ter ouvido qualquer queixa de algum professor. Ouvimos muitas de alunos o que dá para constatar a boa forma física dos educadores do Porto.
Uma vista da Corunha

Depois houve passeio livre e um grande jantar de frango assado (os panados, decididamente, fugiram, embora houvesse quem chorasse a comida feita pelas respectivas mães!). Mais um passeio à noite e no outro dia - Santiago de Compostela, aí vamos nós. Foi bom e estivemos lá perto de 3 horas. Chegámos ao Porto às 17:30h.


Santiago de Compostela

Um contributo para o blog. Assim se pode agradecer

Recebemos, aqui no 12bcerco@gmail.com, um contributo de Paulo Alexandre, um antigo aluno da Secundária do Cerco que se nos dirige e faz comentários ao blog que nos satisfazem e que agradecemos desde já. Aqui fica a sua opinião, o contributo e a disponibilidade de um actual aluno de História da FLUP. Às vezes, no meio da tormenta em que se transformaram as Ciências Sociais actualmente tão atacadas e desvalorizadas, sabe bem ouvir estas coisas. Faz bem ao nosso ego. Em nome de todos do 12ºB, esperamos sinceramente que o curso lhe corra bem e a nossa disponibilidade é igual à sua. Colabore quando e como quiser.

«Boa Tarde. É com grande satisfação minha que ao percorrer este "mundo cibernautico" encontro algo que nunca pensava encontrar. Sendo um ex-aluno da Escola Secundária do Cerco e aluno do 3º ano do curso de História da Faculdade de Letras, encontrar um blogue onde alunos da minha ex-escola têm a possibilidade de partilharem com a comunidade os seus esforços, a dedicação e o gosto que tiveram, na elaboração dos trabalhos, é algo que me deixa, desculpando o termo, maravilhado. Dou os parabéns ao criador do blogue (creio que seja o professor da turma). Eu sei bem a dificuldade que sentiu (utilizo o verbo no passado porque com a quantidade de trabalhos que estão no blogue acredito que já não sente) em atrair os alunos para esta disciplina que muitos consideram desinteressante. Além disso, estando a leccionar na escola do cerco, a dificuldade terá sido imensa. Digo isso porque passei 5 anos nessa escola e porque ainda vivo no Bairro do Cerco e sei, como concordará comigo, que a juventude de hoje não tem nada haver com a do meu tempo. Além disso, lembro-me que no meu tempo (uns 5 anos atrás), a minha turma do 12º ano era constituida por cerca de 15 pessoas. Dessas 15, sem exagero, só 4 é que se interessavam pela cadeira. Daí que deva sentir o meu espanto, mas ao mesmo tempo felicidade, em encontrar tal blogue. Como vários professores meus costumam dizer, eu ainda sou um aprendiz de historiador, mas eu replico e digo que todos nós somos aprendizes de historiadores, porque estamos sempre a aprender e sempre a ganhar competências que a aplicamos no nosso dia-a-dia. Isto para dizer que, teria muito gosto em ajudar no blogue e em outras actividades que o administrador do blogue tiver em mente e pretender realizar. Estou disponível para falar de como é o curso de História na Faculdade, apresentação de trabalhos, transmitir a minha experiência... enfim, um sem numero de "disponibilidades" porque, deve-se a nós, licenciados em História, de transmitir os encantos deste mundo infinito, que é a História.

Um bem haja, esperando noticias em breve.»

O Significado Internacional da Revolução Portuguesa, por Diana Freitas

Salgueiro Maia em pleno 25 de Abril de 1974

Nos anos 70, juntamente com a ditadura portuguesa, dois outros regimes autoritários cairam na Europa.

Em 1974, na Grécia:

- restaurada a democracia.
O "regime de coronéis" ( governava atraves da repressão) é incapaz de resolver o conflito com a Turquia sobre a questão do Chipre. O poder é entregue ao conservador Constantin Karamanlis

- legaliza os partidos;

- aboliu a censura;

- leva o país a optar pela República.

Espanha:
após a morte de Franco, em 1975, deu lugar ao governo sucessor, o rei Juan Carlos que tem um papel liberalizador do país:

-os partidos foram progressivamente legalizados;

-tribunais de excepção suprimidos;

-presos politicos amnistiados;

-preparam-se estatutos de autonomia das regiões.

- desde 1936, primeiras eleições livres, em Espanha, deram vitória ao presidente do centro democratico, Adolfo Suarez.

- em 1976, um referendo instituiu a eleição do parlamento.

- PSOE ( partido socialista operário espanhol) pôde realizar o primeiro congresso e efectuou-se o primeiro encontro dos partidos comunistas.

- constituição aprovada por referendo em 1978.

- continuou as transição para a democracia e conheceu uma renovação dos costumes e um floresamento das artes e da literatura.

- as repercussões da descolonização das colónias portuguesas fez-se sentir na África Austral .

Rodésia

- eleições dão vitória à maioria negra;

- Robert Mugabe proclama a independência do país, com o nome de Zimbabwe, em Abril de 1980;

África do Sul

- em Junho de 1976 há o levantamento das populações negras do Soweto.

- marca o início da revolta geral da populção negra contra a Segregação racial e a opressão da maioria negra.

- depois da independência de Angola e Moçambique, a África do Sul apoia a luta contra os governos dos dois países.

- além do envio de tropas, apoia a UNITA- Angola e a RENAMO - Moçambique

O Tratado da União Europeia de Maastrich de 1993, por Fátima Azevedo e Susana Pereira

Tratado da União Europeia de Maastrich, em 1993, marcou uma nova etapa na construção da Europa, pelas seguintes medidas adoptadas:

Þ Criação da União Económica e Monetária (UEM):

· Criação de moeda única;
· Estabeleciam-se os critérios a cumprir pelos Estados (Ex. Redução da taxa de inflação, de taxas de juro, etc.);
· Constituía-se um Banco Central Europeu.

Þ Parlamento Europeu adquiria novos direitos:

· Nomeação dos membros da comissão Europeia;
· Poder de rejeitar uma decisão tomada pelo Conselho de Ministros.

Þ Criação da cidadania Europeia:

· Direito de circular livremente;
· Direito a votar e ser votado nas eleições europeias e municipais;
· Melhoramento na educação, cultura, saúde pública, etc.

Þ Tratado de Amesterdão (1997):

· O Conselho Europeu adoptava o Pacto de estabilidade e crescimento;
· O emprego era uma das principais preocupações políticas da união;
· A cidadania da União reafirmava-se como uma cidadania complementar da cidadania nacional;
· Alargou-se o âmbito da não-discriminação.

Þ Tratado de Nice:

· Reformava o sistema de decisão da União Europeia, na perspectiva do alargamento.

A Estratégia de Lisboa e as dificuldades na constituição de uma Europa Política, por Andreia Santos e Andreia Teixeira


• Em Março de 2000, reunido em Lisboa, o Conselho Europeu adoptava uma estratégia de modernização sa economia, conhecida como “A Estratégia de Lisboa”.
• Tinha como objectivo até 2010:
o Tornar a economia a mais dinâmica e competitiva do Mundo, capaz de garantir um crescimento económico sustentável;
o Mais e melhores empregos;
o Maior coesão social.
• Defendeu-se a modernização dos sistemas educativos.
• Formação profissional.
• A investigação (criação de uma rede europeia de investigação).
• Acesso à Internet.
• Apio às pequenas e médias empresas, de modo a reduzir as restrições que limitam a sua competitividade.
• As preocupações foram também:
o Para o envelhecimento da população europeia;
o Financiamento dos sistemas de segurança social.
• Elevar a taxa de emprego de 61% para 70%.
• Aumento da proporção de mulheres activas de 51% para 60%.
• Dezembro de 2001 o Conselho Europeu decidiu melhorar o funcionamento das instituições numa Europa alargada e promover a revisão dos tratados.
• Foi criada a convenção para o futuro da Europa.
• A Convenção deveria redigir uma constituição para a nova União alargada a 25 países.
• Formulou propostas sobre:
o A aproximação dos cidadãos do projecto europeu;
o Estruturar a vida política e o espaço europeu numa União alargada;
o Fazer da União um factor de estabilização e uma referência da nova ordem mundial.
• A Comissão propôs um projecto de Tratado e a criação do Ministro dos Negócios Estrangeiros.
• Em Junho de 2003, com um projecto de Tratado que estabelece uma constituição para a Europa, foi assinada em Roma em Outubro de 2004.
• A carta dos direitos fundamentais, que foi adoptada pela Cimeira de Nice, foi incluida na Constituição.

sábado, 26 de abril de 2008

Alterações na Estrutura Social e nos Comportamentos - a Terciarização da Sociedade, por Rute Teixeira

A terciarização da sociedade, nos anos 60, atingiu um enorme alcance, devido a vários factores:
O progressivo desaparecimento do campesinato – devido à divulgação da maquinaria agrícola, ao desenvolvimento da biotecnologia e da química agrícola;
A urbanização;
O desenvolvimento da economia.
O aumento de ocupações e manifestações estudantis que exigiam educação secundária e superior acompanhado pela defesa da democratização do ensino, provocou uma explosão educativa sem precedentes.

Os Anos 60 e a Gestação de Uma Nova Mentalidade

Novas Massas de Estudantes e de Professores:

* eram internacionalizadas;
* comunicavam com facilidade as novas ideias;
* tinham uma comum procura de novos referentes ideológicos;
* eram radicais;
* contestavam as contradições da sociedade industrial;
* deram expressão a um descontentamento político e social generalizado.

MAIO 68:
A contestação juvenil (com centro em França) teve como causas
os problemas sociais
a desumanidade da guerra e
a sociedade de consumo

Nos EUA:
contestava-se a Guerra Do Vietname
luta dos negros pelos direitos cívicos

O descontentamento social ecoa, igualmente, nas igrejas

Dá-se início a um importante movimento de ECUMENISMO (movimento de unificação das igrejas cristãs)

A contestação da autoridade ia a par da afirmação do individualismo e a libertação pessoal ia a par da libertação social. Reivindicava-se também um diferente relacionamento entre os sexos com mais liberdade para as raparigas, então em ascensão nas universidades.

A Opção Constitucional de 1976, por Rute Teixeira

  • A 2 De Abril de 1975 a CONSTITUIÇÃO (elaborada pela Assembleia Constituinte eleita por sufrágio universal) foi aprovada:
  • Revestiu um carácter de compromisso entre as ideias dos diferentes quadrantes políticos, uma vez que foi elaborada num período em que nenhum partido tinha a maioria absoluta.

  • Esta Constituição:
    -consagrava o desenvolvimento da economia e da sociedade no sentido socialista;
    -reconhecia o Conselho da Revolução como órgão de soberania;
    -reconhecia o poder local com autonomia e órgãos democraticamente eleitos
  • A 25 de Abril de 1976 deram-se as
Primeiras eleições legislativas (PS- partido vencedor)
(ver imagens aqui)

Nova arquitectura constitucional e politica que estabelecia em Portugal a democracia parlamentar (fim do período Revolucionário).

A Revisão Constitucional de 1982 e o Funcionamento das Instituições Democráticas:

A partir de 1976, os partidos políticos adquirem uma dimensão nacional e assumem a condução do partido político. É feita uma revisão constitucional por parte do PS,PSD e CDS.

Atenua-se a componente ideológico-pragmática inicial:
Diminuição dos poderes de iniciativa do Presidente da República; Extinção da Conselho da Revolução (cujas funções foram distribuídas pelo Governo da Assembleia da República, Tribunal Constitucional e Conselho de Estado).
Fim da participação dos órgãos militares na vida política;
Revisão do modelo de organização económica;
Aperfeiçoamento da protecção dos direitos fundamentais.
Nova arquitectura constitucional e politica que estabelecia em Portugal a democracia parlamentar (fim do período Revolucionário).

Jornal «A Capital» de 3 de Abril de 1975 (dia seguinte à aprovação da Constituição)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Festa com Karaoke e DJ Rick a 2 de Maio. Aqui na escola

A Rute mandou-nos o cartaz da festa. Aqui está. Força, mas não se esqueçam de estudar, por favor. O exame é dia 18 de Junho e temos mais alguns testes entretanto, não é?

O reconhecimento dos movimentos nacionalistas e o processo de descolonização, por Andreia Teixeira e Andreia Santos

Amílcar Cabral (PAIGC), Samora Machel (Frelimo) e Agostinho Neto (MPLA)
O programa do MFA foi, desde o início, conhecido como o programa dos três D: Descolonizar, Democratizar e Desenvolver. A descolonização foi um dos primeiros objectivos do movimento revolucionário. Mas sendo a colonização objecto de um grande investimento ideológico, sobretudo durante todo o séc. XX, era obviamente um dos que suscitava os mais controversos sentimentos.

Nas forças armadas havia discordâncias quanto ao futuro das colónias, que deram origem às primeiras divisões na posição do Governo português. A generalidade dos aprtidos e a população manifestavam-se pelo fim da guerra e pela independência das colónias.
Acentuaram-se as pressões para que Portugal respeita-se a vontade dos povos. Nos territórios africanos, os movimentos de libertação intensificaram as acções armadas. Portugal exigia a paz para encetar as negociações sobre modalidades de transição, os movimentos queriam o reconhecimento do direito à independência para fazer a paz. Entretanto, a continuação da guerra tornava-se inviável. As tropas portuguesas estavam desgastadas e desmotivadas para fazer uma guerra que deixara de ser legítima.
Em Julho é promulgada a lei que reconhecia o direito das colónias à autodeterminação e independência, seguindo-se a declaração pública da colaboração do Comité de descolonização da ONU com Portugal. De seguida Portugal estabelece relações diplomáticas com todos os países com os quais não tinha relações por ser um país colonial.
O processo negocial para a independência para a Guiné inicia-se a 1 de Julho de 1964, com o reconhecimento do PAIGC. A nova república foi reconhecida coma a assinatura do acordo de Argel (Agosto).
Moçambique viu-se envolvido numa guerra civil que provocou o abandono do território por milhares de portugueses, a grande amioria dos quias retornaram à metrópole, no chamado “Movimento dos Retornados”. O processo politico moçambicano coma a assinatura dos acordos de paz celebrados em outubro de 1992. A paz foi confirmada com a realização de eleições livres em 1994 ganahas pelo partifo FRELIMO.
Em Angola houveram vários incidentes devido à questão do separatismo de Cabinda, às divisões entre os movimentos angolanos (MPLA, pró-soviético, UNITA, pró-americano e FNLA, pró-Zaire)que por vezes assumiram um carácter radical, com ameaças por minorias brancas. Não foi cumprido o estipulado nos acordos de Alvor:
· Não se formou o governo de transição nem o exército misto;
· Os guerrilheiros dos movimentos de libertação não desmobilizaram (reforçaram fileiras com apoio de potências estrangeiras).

O MFA tomou medidas a curto prazo:
· Reconhecimento de que a solução das guerras no Ultramar é política e não militar;
· Criação de condições para um debate franco e aberto, a nível nacional, do problema ultramarino;
· Lançamento dos fundamentos de uma política ultramarina que conduza à paz.

“O Choro de África”
O choro durante séculos
Nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
No desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
Nos batuques choro de África
Nas fogueiras choro de África
Nos sorrisos choro de África
Nos sarcasmos no trabalho choro de África ( …).

O choro de séculos
Onde a verdade violentada se estiola no círculo de ferro
Da desonesta força
Sacrificadora dos corpos cadaverizados
Inimiga da vida
Fechada em estreitos servos de máquinas de contorno
Na violência
Na violência
Na violência
O choro de África é um sintoma.
Nós temos em nossas mãos outras vidas e alegrias
Desmentidas nos lamentos de suas bocas - por nós!
E amor
E os olhos secos.

Agostinho Neto, Poemas de Angola, Ed. Codecri

Conclusão
Ficou estabelecido o principio de que a paz se faz com quem faz a guerra, isto é, com os partidos que existiam até ao 25 de Abril. Vários acordos regularam as datas da independência e o processo de transição. Em todas as colónias houve alguns incidentes.

Andreia Santos Nº2
Andreia Teixeira Nº3
12ºB

domingo, 20 de abril de 2008

Pop Art

sábado, 19 de abril de 2008

Nos 40 anos do Maio 68 (e a 39 de Woodstock)



E para o ano é a vez de Woodstock:

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O sobressalto político de 1958, por Fátima Azevedo e Susana Pereira

Recepção a Humberto Delgado, Porto, 1958

Nos anos 50, Salazar conduz uma política de equilíbrio entre as tendências direitistas e conservadoras do regime, que se opunham a qualquer mudança da ordem e dos valores tradicionais e um sector liberalizante, que pretende a reforma do regime dentro da ordem estabelecida e sem convulsões.
A oposição, enfraquecida depois da repressão dos finais dos anos 40, acredita na possibilidade de uma transição pacífica do regime. A oposição moderada começava a atrair descontentes com o regime de diferentes áreas, desde os militares, os monárquicos e católicos.
Em 1957, com as eleições legislativas, a tensão interna cresce. Quando se a próxima as eleições presidenciais de 1958, o marcelismo tinha adquirido maior força. A aproximação de Marcello Caetano ao presidente da República e a opinião corrente de que este poderia não querer Salazar na presidência do Conselho, descontenta os salazaristas, que não o querem ver reeleito, apresentando como candidato o almirante Américo Tomás.
Humberto Delgado, militar português da Força Aérea, foi escolhido pela oposição o novo candidato. Mais tarde, Humberto Delgado é demitido das funções e acaba por se exilar no Brasil, de onde conduzirá uma acção conspirativa. A eleição presidencial não será mais por sufrágio directo, mas indirecto, por um colégio eleitoral.
Em 1958 e 1962 assiste-se a uma radicalização das oposições e a crise aumenta. Pouco depois, vários católicos são processados por terem assinado uma carta contra as violências da polícia politica.
Em 1961, a agitação aumenta, marcada por greves e incidentes graves: o assalto ao navio Santa Maria, que visaria iniciar um levantamento a partir de Angola, teve um grande impacto internacional; as altas esferas militares, entre as quais o ministro da defesa preparam um golpe militar, que Salazar consegue impedir. Nas eleições legislativas, a campanha desencadeada pela oposição é seguida por manifestações que denunciam a frase eleitoral.
Em 1962, a contestação continuou.

Soldados portugueses em Goa, 1961

A questão colonial

A questão colonial colocava-se sob novas perspectivas. Na sequência dos vários incidentes que ocorriam deste os anos 50 e da formação de organizações independentistas, a situação tende a tornar-se crítica nas colónias. Em 1961, o exército português rende-se depois do ataque da União Indiana. Portugal, apesar de ter mudado a designação de colónias para Províncias Ultramarinas e a de Império para Ultramar, enfrenta novos desafios, desde que a candidatura portuguesa à ONU fora aceite, e um isolamento crescente no plano internacional. A nível nacional, há manifestações a favor da independência, mas a questão não era pacífica. A questão colonial transformava-se na guerra colonial.

Trabalho feito por:
Maria de Fátima Pinto Azevedo nº7
Susana Raquel Lima Pereira nº12
12ºB

O Fomento Económico das Colónias, por Andreia Santos e Andreia Teixeira

Luanda, Angola, e a Barragem de Cabora Bassa, Moçambique
Anos 60

Introdução
No período seguinte ao fim da guerra, o fomento económico das colónias passou também a constituir uma preocupação do Governo Central, no âmbito da alteração da política colonial. Nos inícios dos anos 50, o conceito de província ultramarina não se coadonava com as formas tipicamente coloniais de exploraçã dos territórios africanos. O entendimento das colónias como extensões naturais do território metropolitano tinha, forçosamente, de levar o Governo de Salazar a autorizar a instalação das primeiras indústrias como alternativa económica à exploração do trabalho negro nas grandes fazendas agrícolas.

O Fomento Económico nas Colónias

As colómias africanas adquiriram um papel económico importante durante a guerra. O preço dos produtos coloniais aumentou e o valor das exportações dos produtos passou para metade do preço. A legislação sobre a instalação de industrias foi alterada devido às dificuldades do tráfego marítimo que prejudicou o abastecimento das colónias em produtos manufacturados. Em 1944, foi autorizada a primeira fábrica de algodão em Angola e Moçambique. Os industriais portugueses estavam interessados em transferir capitais e técnicas para as colónias. Assim, começou a industrialização das colónias.
No fim da 2ª guerra mundial, Portugal dispõe de capital para desenvolver as colónias. São então lançadas grandes obras de infra-estruturas, de modo a reforçar a interdependência no espaço económico nacional e criar um “ espaço económico português”.
Ao abrigo do Plano Marshall destinam-se verbas para o desenvolvimento do Ultramar. Com a produção de energia eléctrica e de cimento certas industrias conhecem grande desenvolvimento (Angola e Moçambique). Crescem também os sectores agrícola e extractivo, virados para os mercados externos. Os trabalhadores recrutados para trabalhar para a África do Sul são, uma importante fonte de divisas.
Para consolidar a presença portuguesa em África há projectos de colonização e de povoamento agrícola com populações brancas da Metrópole. Os projectos de colonatos não tiveram os resultados esperados, porque as infra-estruturas ficaram dispendiosas, a produção era insatisfatória e causaram a insatisfação das populações locais, que tiveram de ser deslocadas. A emigração para África aumentou.
Depois dos anos 60 até 1974 o desenvolvimento acentuou-se (em Angola a indústria transformadora cresce apoiada no crescimento do mercado interno e nas exportações dos outros sectores industrias e agrícola para o mercado externo). As guerras coloniais estimularam o crescimento da economia e a construção de infra-estruturas.

A defesa da política de integração

Os principais grupos económicos portugueses, através de empresas próprias ou associadas ao capital estrangeiro, tinham vindo a desenvolver nas colónias, mas muito especialmente em Angola, e sobretudo a partir dos anos 60, uma vastissíma rede de interesse que se estendia a todos os principais domínios das actividades produtivas, do transporte marítimo, do comércio interno e externo, da banca e dos seguros.
O peso específico e a natureza desses inetresses na estratégia de alguns grupos, ou na de outros grupos empresarias mais pequenos fazia deles uma decidida componente da corrente defensora do integrismo político e económico com as colónias, contra as opções europeístas e de índole reformadora dentro do regime.

Fernando Rosas, “as mudanças invisíveis do pós –guerra”, O Estado Novo, Círculo de Leitores

Conclusão
Entre os anos 50 e 70 dá-se o desenvolvimento económico das colónias, com a viragem para África do Estado e dos grupos económicos apoiado pela abertura do capital estrangeiro e dinamizado com a presença das tropas depois do inicío das guerras coloniais.

Cartaz da Companhia Colonial de Navegação

Andreia Santos, nº2
Andreia Teixeira, nº3
12ºB

CUF, Barreiro, anos 60



Retirado de http://industriacuf.blogspot.com/2007_08_01_archive.html

A estagnação do mundo rural e o surto industrial em Portugal, por Joana Santos e Susana Azevedo

Cartazes de apelo à modernização da agricultura, CUF, anos 60
Em meados do século XX, a agricultura ainda ocupava em Portugal quase metade da população activa.
Antes da guerra, houvera alguns projectos de restruturação fundiária, de reordenamento agrário e de modernização das técnicas agrícolas, estes projectos eram defendidos por um grupo minoritário que encontrou opositores, sobretudo nos grandes proprietários agrícolas. (constituíam um grupo de pressão que defendia os seus interesses e a manutenção do carácter rural tradicional de Portugal).
A guerra impediu que as reformas fossem avante e reforçou o proteccionismo, autarcia e a importância do grupo industrialista, defendendo que a modernização da agricultura viria por arrastamento do desenvolvimento industrial.
Houve alguma modernização, na agricultura do Alentejo e do Ribatejo nos anos 60. A compra de maquinaria e os investimentos nas maiores explorações e obras privadas de guerra foram favorecidas pelo êxodo rural e pela política de crédito aos melhoramentos agrícolas.
Houve algum emparcelamento do minifúndio; obras de hidráulica agrícola que permitiam a intensificação da exploração e da diversificação da produção: cultura do tomate (uso industrial) e a cultura do arroz e do milho.
Esta modernização não era suficiente, e não correspondeu as necessidades de uma população crescentemente urbanizada.
Graças ao desenvolvimento industrial e urbano, havia maior procura dos produtos agrícolas “ricos”, como a carne, leite, ovos…, em detrimento dos “pobres”, como a batata, vinho, cereais... A agricultura não respondia a mudança da procura alimentar.
Conclui-se que com o fracasso das propostas reformistas, não sendo prioritária a modernização e não se orientando a produção para o consumo, assistiu-se assim à perda de importância da agricultura na sociedade e na economia.
A guerra beneficiou a burguesia industrial e comercial, que, apesar da falta de matérias-primas e de combustíveis, pode aumentar as exportações, tais como os testeis, conservas, resinosas…, aproveitar o abrandamento da concorrência e a subida generalizada dos preços.
O Governo fez da industrialização, um dos elementos centrais da sua estratégia económica, partindo-se do princípio que o desenvolvimento industrial conduziria ao desenvolvimento global

Barreiro, anos 60
da economia. Criou-se uma política de substituição de importações, de criação de novas indústrias e de reorganização das existentes, no quadro de uma política económica nacionalista e autárcica.
Houve uma deterioração da situação comercial e financeira. Entre 1947 e 1951 decorreram conversações em Lisboa e Paris que visavam alterara a posição portuguesa em relação ao Plano Marshall (Portugal beneficiava de ajudas antes recusadas).
Foram concebidas novas formas de encarar o planeamento económico:
· I Plano de Fomento (1953-1958) - traduz o esforço da autarcia e os interesses de uma burguesia tradicionalista (programa organizado de investimentos públicos dando prioridade às infra-estruturas, electricidade, transportes e comunicações). Assentava na substituição de importações, na reserva do mercado interno e no baixo preço dos factores produtivos. Dada a exiguidade do mercado interno, não teve o sucesso esperado.
· II Plano de Fomento (1959 -1964) – seguem-se as mesmas políticas, mas marca-se o fim da autarcia e o inicio de um processo de abertura tanto com o avanço para as colónias (criação de um “espaço único português”) como com a abertura externa (adesão à EFTA).
· Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) - no contexto da guerra colonial e da aceleração da emigração, é o primeiro plano global que dá prioridade à iniciativa privada (para fazer face à concorrência externa, no quadro da GATT).
· III Plano de Fomento (1968-1973) – consolida a abertura ao exterior e reforça a iniciativa privada.

Cartaz da CUF , anos 60

Conclui-se que entre 1950 e 1970, a indústria se tornou o sector socialmente determinante em Portugal, embora não fosse suficiente para absorver a população rural que a maquinização e os baixos salários expulsavam dos campos. Assim Portugal tornou-se progressivamente urbano e com um sector terciário em crescimento.

Joana Santos Nº 6
Susana Azevedo Nº 11

O Corte de Relações entre a China e a URSS, por Marta Sousa e Rute Teixeira


Mao-Tse-Tung e Richard Nixon

Em 1949, Mao Tsé–Tung fundou a Republica Popular da China. O regime político aí implantado, embora de tipo socialista, assumia características específicas, através das quais Mao ajustava a doutrina marxista–leninista à realidade chinesa (maoísmo).
A novidade consistia em construir o socialismo num país agrário em que em vez da industria pesada, as medidas económicas visavam o desenvolvimento agrícola. E assim em 1958 foi levada a cabo uma reforma económica intitulada “ o grande salto em frente” que tinha por base o fomento da agricultura e a integração dos camponeses em comunas populares lideradas pelo partido comunista chinês.
Em vez da subserviência a Moscovo, Mao estabeleceu, ele mesmo, os fundamentos doutrinários de um socialismo nacionalista. Criticou o comunismo de Kruchtchev, acusando-o de não “ escutar as opiniões das massas”.
Em 1960 as ligações que ainda existiam entre a URSS e a China romperam-se devido a divergências ideológicas, agravando as dificuldades económicas da China.
Em 1964, o culto a Mao e ao maoísmo foi estimulado através da chamada Revolução Cultural. A propaganda ideológica tinha por base o “ livro vermelho” que reunia citações de Mao e que era venerado como detentor da verdade absoluta. A Revolução Cultural deu origem a excessos de agitação social que resultaram na humilhação, perseguição e assassínio de muitos cidadãos considerados contra – revolucionários.

O corte com a União Soviética trouxe a aproximação aos EUA, cujo o presidente – Richard Nixon – visitou a China em 1971. No mesmo ano, a China tornou-se membro da ONU.

terça-feira, 4 de março de 2008

O processo de formação da CEE, por Fátima Azevedo e Susana Pereira

Clicar na bandeira para saber mais sobre a constituição da CEE

A comunidade económica europeia de 1957 – projecto de unir esforços para superar as dificuldades económicas da Europa após a 2ª Guerra Mundial.

Ø Em 1946 o primeiro-ministro britânico Winston Chrchill, já defendia a necessidade de “refazer a família europeia”.
Ø Em 1948 foi criado um acordo que estabelecia a livre circulação de mercadorias entre 3países, a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo.
Ø Em 1950 com base na declaração shuman, o economista francês Jean Monnet concebe a CECA.
Ø Em 1957 surgiu, finalmente, a comunidade económica europeia (CEE).

Cujos Fundamentos foram expressos no tratado de Roma

Com objectivos predominantes económicos:
* Estabelecimento de um mercado comum.
* Aproximação progressiva das políticas económicas.
* Expansão económica contínua e equilibrada.

Ø Em 1957 em Roma, também foram assinados dois tratados que criaram:
* A Comunidade Económica Europeia (CEE).
* O Euratom - comunidade europeia de energia atómica.

Criação de um mercado comum para os produtos industriais e mais tarde agrícolas.

Acelerando, desta forma, a Europa dos seis.

Ø Em 1959 Abertura do Mercado Comum. Neste mesmo ano, foi criada pela a Inglaterra a EFTA e tenta desenvolver a liberalização do mundo.
Ø Em 1968 a liberalização das tropas entre os seis estados da CEE.

A construção Europeia

Acompanhada pela prosperidade económica

No pós-guerra, foi pouco a pouco afirmando o papel da Europa.




A UE hoje

Trabalho realizado por:
Maria de Fátima Pinto Azevedo nº7
Susana Raquel Lima Pereira nº12

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Bomba Atómica em Hiroshima, por Fátima Azevedo

Esta bomba foi lançada pelos Estados Unidos da América, contra o Japão, na cidade de Hiroshima em 6 de Agosto de 1945. Foi um dos maiores ataques à uma população civil: ocorreram cerca de 200 mil mortos.


Existiram graves consequências a nível humanitário e a nível do país. A cidade de Hiroshima, ficou totalmente arrasada e a ainda hoje se sentem os efeitos da radiação que se espalhou e afectou todos os que sobreviveram.

Maria de Fátima Pinto Azevedo
Nº7
12ºB

A Crise e a Nacionalização do Canal do Suez, por Andreia Teixeira

Nasser


Nasser, presidente do Egipto desde 1954, tinha um projecto: a barragem de Assuão, que deveria favorecer a agricultura, pela regularização das cheias do Nilo e industruia, pela produção de energia eléctrica. Lidera um movimento pró-árabe e aproxima-se do bloco socialista, comprando-lhe armas. Nestas circunstâncias, os EUA recusam-lhe os créditos necessários à construção da barragem de Assuão. Nasser responde com a nacionalização da companhia que geria o canal do Suez ( de capital maioritariamente inglês e francês, prevendo-se indeminizações), para financiar a barragem.
Os EUA defendem a negociação, mas a França e o Reino Unido querem o uso da força. Numa operação militar culminada, avança primeiro o exército de Israel, que derrota as posições egípcias do Sinai. Há o bombardeamento de aeroportos egípcios e a intervenção de pára-quedistas e da armada franco-britânica. Entretanto, Nasser aplara à ONU, que ordenara um cessar-fogo. A União Soviética envolvida na hungria, ameaça com o uso dos mísseis atómicos sobre Londres e Paris. Os EUA, não querendo deixar a URSS surgir como a protectora do Egipto, pressionam para que o cessar-fogo seja respeitado, os capacetes azuis da ONU cobrem o embarque das tropas de França e da Inglaterra. Estas, desmoralizadas e remetidas ao estatuto de potências secundárias, finalizam aqui a sua influência na zona.

A nacionalização do canal do Suez
O egipto nacionalizou a Companhia do Canal do Suez. Quando o Egipto cedeu a concessão a Lesseps, ficou establecido, entre o governo egpicio e a Companhia, que esta era egípcia e sujeita à autoridade egípcia. O Egipto nacionalizou esta empresa egípcia e declarou que a liberdade de navegação será preservada. Mas os imperialistas ficaram zangados. A Grã-Bretanha e a França disseram que o Egipto se apoderou do canal do Suez como se este fosse parte da França ou da Grã-Bretanha. O ministro dos negócios estrangeiros britânico esqueceu-se de que apenas à dois anos assinou um acordoa declarando que o canal do Suez é parte integrante do Egipto. O Egipto declarou-se pronto a negociar. Mas logo que as negociações começaram, apareceram as ameças e as intimidações. (…) Povos livres, povos que são realmente livres, vão ficar connosco e apoiar-nos contra as forças da tirania.
Discurso de Nasser, 15 de Setembro de 1956
Trabalho realizado por :
Andreia Teixeira
Nº3
12ºB

A Segunda Vaga de Descolonização, por Andreia Santos e Andreia Teixeira

Ben Bella e Nkrumah

• 1954, termina a primeira vaga de descolonização iniciada na Ásia; nesse mesmo ano o mundo árabe desenvolveu um processo de libertação.
• 1956, Marrocos e Tunísia conseguem a libertação.
• Ben Bella, primeiro presidente da Argélia.
• Na África Negra, os principais movimentos nacionalistas tiveram dificuldades em conseguir a emancipação.
• 1957, dá-se a independência das colónias britânicas, na Costa do Ouro, tal como Serra Leoa, Uganda, Tanzânia, Zâmbia e Malawi.
• A independência das várias colónias francesas ( Guiné-Conakri, Camarões, Togo e Madagáscar) foi preparada pela França de modo a evitar uma guerra como a da Argélia.
• 1960, dá-se a independência da colónia belga do Congo.
• 1962, dá-se a independência de Ruanda e Burundi.
• Na África Austral permaneciam as colónias portuguesas.
• Ian Smith (Rodésia) proclamou unilateralmente a independência da minoria branca, instalando um regime de segregação como o da África do Sul ( não reconhecida pela Grã-Bretanha).
• 1963, foi assinada uma carta, pelos estados afriacanos que eram independentes, que fundava a OUA – Organização da Unidade Africana. Fundada sob o impulso do imperador da Etiópia, H. Selassié, e liderada por N’Krumah e Nasser, visava reforçar a unidade dos Estados Africanos, na linha da defesa da africanidade e da negritude.
• A fragilidade de muitos destes Estados fá-los depender dos países colonizadores e caem no neocolonialismo.

Andreia Santos Nº2
Andreia Teixeira Nº3

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Corrida às Armas Nucleares, por Andreia Santos

Em 1945 ocorreu uma viragem capital na história militar da Humanidade. As bombas atómicas que arrasaram Hiroshima e Nagasáqui não representam um degrau suplementar na escala da violência destruidora; alteram sim a natureza dos conflitos. O próprio termo ”arma nuclear” é um termo geral que abrange duas realidades: as armas atómicas propriamente ditas e os meios para as transportar, chamados “vectores”.
As próprias armas atómicas compreendem dois tipos de bombas: A (atómicas) e H (hidrogénio, baseada na fusão de átomos devido a um fortissimo calor provocado pela explusão de uma bomba A que serve de fósforo), sendo estas últimas consideradas mais potentes. Os efeitos que elas provocam são de vária ordem: mecânica, térmica e radioactiva. (…)
Em 1945, os Americanos estao convencidos de que dispõem de um grande avanço sobre os Soviéticos em matéria de concepcçaõ de bombas A. A questão que se levanta é saber se convém abandonar o monopólio, instituindo controlos sobre a utilização pacífica do átomo. (…) Contudo, no ínicio, o monopólio é sobretudo potencial. Tendo utilizado duas únicas bombas contra o Japão, os Estados Unidos e os seus aliados Ocidentais opõem apenas dez divisõesna Europa às trinta soviéticas. Em 1947, a US Air Force continua apenas a dispor de uma dezena de bombas que levariam semanas a reunir; o próprio Truman, nessa época, não sabia quantas tinha em stock. A decisão de aumentar o arsenal só é tomada depois do cerco de Berlim (1948). A exploração de uma bomba A soviética em Agosto de 1949 tem um efeito surpresa, de imediato atribuído à espionagem comunista – o que é parcialmente verdade – mas esquece o próprio esforço da URSS para recuperar o atraso. (…) A bomba H é conseguida em 1952; menos de um ano depois os soviéticos têm-lhe, por sua vez, acesso. A corrida passaa a ter como objectivo bombas mais poderosas. (…) Na década seguinte a investigação incide sobretudo na miniaturização, pois sabe-se que a eficácia não se mede pelo tamanho.

· Devido ao perigo das bombas A e H foi criada a Comissão de Energia Atómica , no quando da ONU, para controlar o desenvolvimento atómico, aplicando sanções.
(Baseado no texto de António J. Telo, Portugal e a NATO, Cosmos)
Trabalho realizado por: Andreia Santos, nº2, 12ºB

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Europa Ocidental no pós-Guerra, por Andreia Teixeira, Andreia Santos, Fátima e Susana Pereira

No fim da guerra, a Europa Ocidental conheceu importantes mudanças relativamente aos regimes políticos e às forças partidárias.
Depois da 2ª Guerra as novas coligações parlamentares procuraram corresponder melhor às expectativas das populações e um novo consenso político, que defendia a intervenção do estado.
No pós-Guerra , as forças conservadoras tradicionais, com fortes ligações aos regimes depostos, sofreram um declínio.
As forças de esquerda –comunistas e socialistas- que tinham participado activamente nos movimentos e organizações de ressistência durante a Guerra e defendiam uma maior justiça social, ganharam força.
Os partidos socialistas tiveram oportunidade para concretizar as transformações da sociedade e do Estado que preconizava a social-democracia1.
Uma outra força se afirmou no final da Guerra: a Democracia Cristã2 – Com pouca expressão política antes da Guerra, esta força teve origem nos movimentos de inspiração cristã, da acção católica e do sindicalismo cristão. Desempenhou também um papel na luta contra o nazismo e o fascismo.

1 Social-Democrata – Corrente política que, ao contrário do socialismo revolucionário, pretende a construção do socialismo por processos gradualistas e reformistas, defendendo a compatibilidade das instituições democráticas com os princípios igualitários do socialismo. Pretende juntar à democracia política a democracia social.
2 Democracia Cristã – Corrente política que se afirma nos partidos políticos que se formam depois da 2ª Guerra Mundial, na Europa Ocidental. Aliam a defesa da doutrina social da Igreja de protecção dos mais desfavorecidos com a defesa da propriedade privada.

A Prosperidade Económica e a Sociedade de Consumo

Os EUA lideram as democracias liberais não só em termos de política de defesa contra o comunismo mas também na edificação no sistema ocidental de economia capitalista.
Até 1945, o crescimento do capitalismo3 fora relativamente lento. Daí em diante houve um crescimento forte, é regular e permanente e uma prosperidade económica sem precedentes.
Na Europa, com os mercados coloniais perdidos faltavam matérias primas; a produção, as redes de transportes e o comércio estavam arruinados.
As trocas que deveriam ajudar a restablecer a complementaridade entre as economias europeias, deparavam com múltiplos obstáculos: direitos alfandegários elevados e as moedas, arruínadas pela inflação, eram inconvertíveis.
O auxílio económico do Plano Marshall apoiou os esforços de reconstrução e contribuiu para a rapidez da recuperação dos países da OECE.
O sector agrícola, mais devastado pela guerra, desenvolveu-se mais lentamente, mas a indústria europeia, asseguradas as importações de matérias primas, energias e bens de equipamento, desenvolveu-se rapidamente.
Em 1951, a Europa estava reconstruída.

3 Capitalismo - Sistema económico em que a maioria dos meios de produção é privada, que assenta na livre empresa e na iniciativa individual e cujo principal objectivo é assegurar o lucro.

A II Guerra Mundial, por Andreia Santos

Introdução
A Segunda Guerra Mundial começou com a invasão da Polónia por tropas alemãs, a 1º de setembro de 1939. O conflito, travado principalmente entre os Aliados e as potências do Eixo, foi o que causou mais vítimas em toda a história da humanidade, atingindo países em todos os continentes.
As principais potências aliadas foram a Inglaterra, os Estados Unidos, a União Soviética e a França. O Eixo foi formado pela Alemanha, a Itália e o Japão.

ARMAMENTO
Tanques
Os veículos blindados representaram um papel decisivo nesta guerra. O fulminante ataque feito pela Alemanha à Europa Ocidental, com a invasão e ocupação da Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda e França em poucos meses, foi chamado “blitzkrieg” (“guerra relâmpago”). O êxito desta ofensiva deveu-se, em boa parte, à utilização de numerosos tanques (as chamadas “divisões Panzer”).
Também na invasão da URSS, ou na campanha do Norte de África, os Alemães utilizaram sistematicamente este tipo de arma. De resto, o mesmo fariam os Aliados.
Em 1942, a Alemanha produziu 5700 tanques e em 1943 cerca de 11 000. Mas o potencial dos Aliados, nesse tipo de armamento, seria muito maior, tornando-se esmagador de ano para ano, sobretudo graças às fábricas americanas e, a partir de 1943, soviéticas.
Ao longo da 2ª. Guerra Mundial foram fabricados vários modelos de carros blindados, por parte de qualquer dos lados em confronto.

Aviões

O avião militar fez a sua aparição ainda no decorrer da 1ª. Guerra Mundial mas só nos anos 30 se tornou uma arma devastadora. Em 1937, os Japoneses efectuaram bombardeamentos aéreos sobre a China, que provocaram milhares de mortos, sobretudo entre a população civil. O mesmo viria a acontecer durante a Guerra Civil de Espanha ¾ o bombardeamento da cidade basca de Guernica pela aviação alemã ao serviço de Franco, em 1938, foi um dos exemplos mais dramáticos da utilização da força aérea.
Mas seria durante a 2ª. Guerra Mundial que os bombardeamentos sobre cidades, fábricas, vias de comunicação e sobre os próprios exércitos colocariam o avião entre os instrumentos bélicos mais mortíferos de todos os tempos.
Tanto o Eixo como os Aliados produziram dezenas de milhares de aviões durante a Guerra. Só no ano de 1943, por exemplo, a Alemanha fabricou 25 200. E os EUA, que em 1941 apenas dispunham de 1300 aviões militares, em finais de 1944 já tinham 35 000.

(...)
Conclusão
Como consequência do conflito, a Alemanha e o Japão – mas também a França e a Grã-Bretanha – perderam importância política globalmente. Os Estados Unidos e a nova superpotência União Soviética consolidaram sua hegemonia ao dividir a Europa em duas zonas. Seguiu-se o período conhecido como Guerra Fria.

Nota: Pela extensão do trabalho (13 páginas A4) fomos obrigados a só colocar aqui no blog uma parte dele.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Boas entradas para 2008, por favor!

Caros alunos do 12ºB:
Escusado será dizer que gostei muito, deste 1º período talvez demasiado longo, de vos dar aulas. Tive momentos muito bons convosco e na perspectiva de serem melhores, tornaram-me mais exigente comigo próprio e, retrospectivamente, com vocês. Sabemos todos, pais e encarregados de educação, professores e alunos que as coisas não estão fáceis «lá fora» e que, para vencer em qualquer actividade ou emprego no tão famoso mercado de trabalho, terão mesmo de ser melhores do que até aqui foram. E a vossa DT sabe do que fala com os seus conselhos.
É nessa perspectiva que vos desejo uma óptima passagem de ano e também que comecem o ano de 2008 com o pé direito; isto é, com mais trabalho, com mais concentração e com mais método. Terão forçosamente de trabalhar mais.
Força, portanto, e antes de nos cansarmos todos, quero expressar aqui o meu obrigado pelos bons momentos que passei convosco a dar aulas do que mais gosto - de História. Vamos lá ao 2º período...