segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Corrida às Armas Nucleares, por Andreia Santos

Em 1945 ocorreu uma viragem capital na história militar da Humanidade. As bombas atómicas que arrasaram Hiroshima e Nagasáqui não representam um degrau suplementar na escala da violência destruidora; alteram sim a natureza dos conflitos. O próprio termo ”arma nuclear” é um termo geral que abrange duas realidades: as armas atómicas propriamente ditas e os meios para as transportar, chamados “vectores”.
As próprias armas atómicas compreendem dois tipos de bombas: A (atómicas) e H (hidrogénio, baseada na fusão de átomos devido a um fortissimo calor provocado pela explusão de uma bomba A que serve de fósforo), sendo estas últimas consideradas mais potentes. Os efeitos que elas provocam são de vária ordem: mecânica, térmica e radioactiva. (…)
Em 1945, os Americanos estao convencidos de que dispõem de um grande avanço sobre os Soviéticos em matéria de concepcçaõ de bombas A. A questão que se levanta é saber se convém abandonar o monopólio, instituindo controlos sobre a utilização pacífica do átomo. (…) Contudo, no ínicio, o monopólio é sobretudo potencial. Tendo utilizado duas únicas bombas contra o Japão, os Estados Unidos e os seus aliados Ocidentais opõem apenas dez divisõesna Europa às trinta soviéticas. Em 1947, a US Air Force continua apenas a dispor de uma dezena de bombas que levariam semanas a reunir; o próprio Truman, nessa época, não sabia quantas tinha em stock. A decisão de aumentar o arsenal só é tomada depois do cerco de Berlim (1948). A exploração de uma bomba A soviética em Agosto de 1949 tem um efeito surpresa, de imediato atribuído à espionagem comunista – o que é parcialmente verdade – mas esquece o próprio esforço da URSS para recuperar o atraso. (…) A bomba H é conseguida em 1952; menos de um ano depois os soviéticos têm-lhe, por sua vez, acesso. A corrida passaa a ter como objectivo bombas mais poderosas. (…) Na década seguinte a investigação incide sobretudo na miniaturização, pois sabe-se que a eficácia não se mede pelo tamanho.

· Devido ao perigo das bombas A e H foi criada a Comissão de Energia Atómica , no quando da ONU, para controlar o desenvolvimento atómico, aplicando sanções.
(Baseado no texto de António J. Telo, Portugal e a NATO, Cosmos)
Trabalho realizado por: Andreia Santos, nº2, 12ºB