sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A Crise e a Nacionalização do Canal do Suez, por Andreia Teixeira

Nasser


Nasser, presidente do Egipto desde 1954, tinha um projecto: a barragem de Assuão, que deveria favorecer a agricultura, pela regularização das cheias do Nilo e industruia, pela produção de energia eléctrica. Lidera um movimento pró-árabe e aproxima-se do bloco socialista, comprando-lhe armas. Nestas circunstâncias, os EUA recusam-lhe os créditos necessários à construção da barragem de Assuão. Nasser responde com a nacionalização da companhia que geria o canal do Suez ( de capital maioritariamente inglês e francês, prevendo-se indeminizações), para financiar a barragem.
Os EUA defendem a negociação, mas a França e o Reino Unido querem o uso da força. Numa operação militar culminada, avança primeiro o exército de Israel, que derrota as posições egípcias do Sinai. Há o bombardeamento de aeroportos egípcios e a intervenção de pára-quedistas e da armada franco-britânica. Entretanto, Nasser aplara à ONU, que ordenara um cessar-fogo. A União Soviética envolvida na hungria, ameaça com o uso dos mísseis atómicos sobre Londres e Paris. Os EUA, não querendo deixar a URSS surgir como a protectora do Egipto, pressionam para que o cessar-fogo seja respeitado, os capacetes azuis da ONU cobrem o embarque das tropas de França e da Inglaterra. Estas, desmoralizadas e remetidas ao estatuto de potências secundárias, finalizam aqui a sua influência na zona.

A nacionalização do canal do Suez
O egipto nacionalizou a Companhia do Canal do Suez. Quando o Egipto cedeu a concessão a Lesseps, ficou establecido, entre o governo egpicio e a Companhia, que esta era egípcia e sujeita à autoridade egípcia. O Egipto nacionalizou esta empresa egípcia e declarou que a liberdade de navegação será preservada. Mas os imperialistas ficaram zangados. A Grã-Bretanha e a França disseram que o Egipto se apoderou do canal do Suez como se este fosse parte da França ou da Grã-Bretanha. O ministro dos negócios estrangeiros britânico esqueceu-se de que apenas à dois anos assinou um acordoa declarando que o canal do Suez é parte integrante do Egipto. O Egipto declarou-se pronto a negociar. Mas logo que as negociações começaram, apareceram as ameças e as intimidações. (…) Povos livres, povos que são realmente livres, vão ficar connosco e apoiar-nos contra as forças da tirania.
Discurso de Nasser, 15 de Setembro de 1956
Trabalho realizado por :
Andreia Teixeira
Nº3
12ºB