terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Grito de Edward Munch, por Tiago Alves




O Grito de Edward Munch


O grito é uma pintura do norueguês Edward Munch (1863 – 1944), que é um dos precursores do expressionismo alemão.
Edvard Munch frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e Bjornson marcou o seu percurso inicial. A arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em O Dia Seguinte e Puberdade de 1886.

Burning cigarrete, auto-retrato de Edward Munch

Foi aos 30 anos (1893) que ele pintou o quadro “O Grito”, que tem como medida original 91x73.5 cm e está hoje exposto na Galeria Nacional de Oslo. Esta obra é considerada a sua obra máxima. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor como na amizade.
Neste quadro vemos no fundo um céu de cores quentes, em oposição ao rio em azul (cor fria) que sobe acima do horizonte, característica do expressionismo (onde o que interessa para o artista é a expressão de suas ideias e não o retrato da realidade). A figura humana também está em cores frias, cor de angústia e de dor, apresenta-se também sem cabelo o que demonstra um estado de saúde precário. A dor do grito está presente não só na personagem, mas também no fundo, a paisagem fica dolorosa e talvez por esta característica do quadro é que nos identificamos tanto com ele e podemos sentir a dor e o grito dado pelo personagem, como se entrássemos no quadro e víssemos o mundo torto. Há também outra interpretação para este quadro. Na verdade, Munch colocou no quadro o desespero de pessoas de uma ilha onde ocorreu um tsunami e uma erupção vulcânica. É por isso que podemos ver o céu todo laranja, representando a erupção vulcânica, e o rio, representando o tsunami.
Este quadro foi roubado diversas vezes, tendo sido pela última vez encontrado em condições normais pela polícia norueguesa a 31 de Agosto de 2006.