sábado, 26 de abril de 2008

Alterações na Estrutura Social e nos Comportamentos - a Terciarização da Sociedade, por Rute Teixeira

A terciarização da sociedade, nos anos 60, atingiu um enorme alcance, devido a vários factores:
O progressivo desaparecimento do campesinato – devido à divulgação da maquinaria agrícola, ao desenvolvimento da biotecnologia e da química agrícola;
A urbanização;
O desenvolvimento da economia.
O aumento de ocupações e manifestações estudantis que exigiam educação secundária e superior acompanhado pela defesa da democratização do ensino, provocou uma explosão educativa sem precedentes.

Os Anos 60 e a Gestação de Uma Nova Mentalidade

Novas Massas de Estudantes e de Professores:

* eram internacionalizadas;
* comunicavam com facilidade as novas ideias;
* tinham uma comum procura de novos referentes ideológicos;
* eram radicais;
* contestavam as contradições da sociedade industrial;
* deram expressão a um descontentamento político e social generalizado.

MAIO 68:
A contestação juvenil (com centro em França) teve como causas
os problemas sociais
a desumanidade da guerra e
a sociedade de consumo

Nos EUA:
contestava-se a Guerra Do Vietname
luta dos negros pelos direitos cívicos

O descontentamento social ecoa, igualmente, nas igrejas

Dá-se início a um importante movimento de ECUMENISMO (movimento de unificação das igrejas cristãs)

A contestação da autoridade ia a par da afirmação do individualismo e a libertação pessoal ia a par da libertação social. Reivindicava-se também um diferente relacionamento entre os sexos com mais liberdade para as raparigas, então em ascensão nas universidades.

A Opção Constitucional de 1976, por Rute Teixeira

  • A 2 De Abril de 1975 a CONSTITUIÇÃO (elaborada pela Assembleia Constituinte eleita por sufrágio universal) foi aprovada:
  • Revestiu um carácter de compromisso entre as ideias dos diferentes quadrantes políticos, uma vez que foi elaborada num período em que nenhum partido tinha a maioria absoluta.

  • Esta Constituição:
    -consagrava o desenvolvimento da economia e da sociedade no sentido socialista;
    -reconhecia o Conselho da Revolução como órgão de soberania;
    -reconhecia o poder local com autonomia e órgãos democraticamente eleitos
  • A 25 de Abril de 1976 deram-se as
Primeiras eleições legislativas (PS- partido vencedor)
(ver imagens aqui)

Nova arquitectura constitucional e politica que estabelecia em Portugal a democracia parlamentar (fim do período Revolucionário).

A Revisão Constitucional de 1982 e o Funcionamento das Instituições Democráticas:

A partir de 1976, os partidos políticos adquirem uma dimensão nacional e assumem a condução do partido político. É feita uma revisão constitucional por parte do PS,PSD e CDS.

Atenua-se a componente ideológico-pragmática inicial:
Diminuição dos poderes de iniciativa do Presidente da República; Extinção da Conselho da Revolução (cujas funções foram distribuídas pelo Governo da Assembleia da República, Tribunal Constitucional e Conselho de Estado).
Fim da participação dos órgãos militares na vida política;
Revisão do modelo de organização económica;
Aperfeiçoamento da protecção dos direitos fundamentais.
Nova arquitectura constitucional e politica que estabelecia em Portugal a democracia parlamentar (fim do período Revolucionário).

Jornal «A Capital» de 3 de Abril de 1975 (dia seguinte à aprovação da Constituição)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Festa com Karaoke e DJ Rick a 2 de Maio. Aqui na escola

A Rute mandou-nos o cartaz da festa. Aqui está. Força, mas não se esqueçam de estudar, por favor. O exame é dia 18 de Junho e temos mais alguns testes entretanto, não é?

O reconhecimento dos movimentos nacionalistas e o processo de descolonização, por Andreia Teixeira e Andreia Santos

Amílcar Cabral (PAIGC), Samora Machel (Frelimo) e Agostinho Neto (MPLA)
O programa do MFA foi, desde o início, conhecido como o programa dos três D: Descolonizar, Democratizar e Desenvolver. A descolonização foi um dos primeiros objectivos do movimento revolucionário. Mas sendo a colonização objecto de um grande investimento ideológico, sobretudo durante todo o séc. XX, era obviamente um dos que suscitava os mais controversos sentimentos.

Nas forças armadas havia discordâncias quanto ao futuro das colónias, que deram origem às primeiras divisões na posição do Governo português. A generalidade dos aprtidos e a população manifestavam-se pelo fim da guerra e pela independência das colónias.
Acentuaram-se as pressões para que Portugal respeita-se a vontade dos povos. Nos territórios africanos, os movimentos de libertação intensificaram as acções armadas. Portugal exigia a paz para encetar as negociações sobre modalidades de transição, os movimentos queriam o reconhecimento do direito à independência para fazer a paz. Entretanto, a continuação da guerra tornava-se inviável. As tropas portuguesas estavam desgastadas e desmotivadas para fazer uma guerra que deixara de ser legítima.
Em Julho é promulgada a lei que reconhecia o direito das colónias à autodeterminação e independência, seguindo-se a declaração pública da colaboração do Comité de descolonização da ONU com Portugal. De seguida Portugal estabelece relações diplomáticas com todos os países com os quais não tinha relações por ser um país colonial.
O processo negocial para a independência para a Guiné inicia-se a 1 de Julho de 1964, com o reconhecimento do PAIGC. A nova república foi reconhecida coma a assinatura do acordo de Argel (Agosto).
Moçambique viu-se envolvido numa guerra civil que provocou o abandono do território por milhares de portugueses, a grande amioria dos quias retornaram à metrópole, no chamado “Movimento dos Retornados”. O processo politico moçambicano coma a assinatura dos acordos de paz celebrados em outubro de 1992. A paz foi confirmada com a realização de eleições livres em 1994 ganahas pelo partifo FRELIMO.
Em Angola houveram vários incidentes devido à questão do separatismo de Cabinda, às divisões entre os movimentos angolanos (MPLA, pró-soviético, UNITA, pró-americano e FNLA, pró-Zaire)que por vezes assumiram um carácter radical, com ameaças por minorias brancas. Não foi cumprido o estipulado nos acordos de Alvor:
· Não se formou o governo de transição nem o exército misto;
· Os guerrilheiros dos movimentos de libertação não desmobilizaram (reforçaram fileiras com apoio de potências estrangeiras).

O MFA tomou medidas a curto prazo:
· Reconhecimento de que a solução das guerras no Ultramar é política e não militar;
· Criação de condições para um debate franco e aberto, a nível nacional, do problema ultramarino;
· Lançamento dos fundamentos de uma política ultramarina que conduza à paz.

“O Choro de África”
O choro durante séculos
Nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
No desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
Nos batuques choro de África
Nas fogueiras choro de África
Nos sorrisos choro de África
Nos sarcasmos no trabalho choro de África ( …).

O choro de séculos
Onde a verdade violentada se estiola no círculo de ferro
Da desonesta força
Sacrificadora dos corpos cadaverizados
Inimiga da vida
Fechada em estreitos servos de máquinas de contorno
Na violência
Na violência
Na violência
O choro de África é um sintoma.
Nós temos em nossas mãos outras vidas e alegrias
Desmentidas nos lamentos de suas bocas - por nós!
E amor
E os olhos secos.

Agostinho Neto, Poemas de Angola, Ed. Codecri

Conclusão
Ficou estabelecido o principio de que a paz se faz com quem faz a guerra, isto é, com os partidos que existiam até ao 25 de Abril. Vários acordos regularam as datas da independência e o processo de transição. Em todas as colónias houve alguns incidentes.

Andreia Santos Nº2
Andreia Teixeira Nº3
12ºB

domingo, 20 de abril de 2008

Pop Art

sábado, 19 de abril de 2008

Nos 40 anos do Maio 68 (e a 39 de Woodstock)



E para o ano é a vez de Woodstock:

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O sobressalto político de 1958, por Fátima Azevedo e Susana Pereira

Recepção a Humberto Delgado, Porto, 1958

Nos anos 50, Salazar conduz uma política de equilíbrio entre as tendências direitistas e conservadoras do regime, que se opunham a qualquer mudança da ordem e dos valores tradicionais e um sector liberalizante, que pretende a reforma do regime dentro da ordem estabelecida e sem convulsões.
A oposição, enfraquecida depois da repressão dos finais dos anos 40, acredita na possibilidade de uma transição pacífica do regime. A oposição moderada começava a atrair descontentes com o regime de diferentes áreas, desde os militares, os monárquicos e católicos.
Em 1957, com as eleições legislativas, a tensão interna cresce. Quando se a próxima as eleições presidenciais de 1958, o marcelismo tinha adquirido maior força. A aproximação de Marcello Caetano ao presidente da República e a opinião corrente de que este poderia não querer Salazar na presidência do Conselho, descontenta os salazaristas, que não o querem ver reeleito, apresentando como candidato o almirante Américo Tomás.
Humberto Delgado, militar português da Força Aérea, foi escolhido pela oposição o novo candidato. Mais tarde, Humberto Delgado é demitido das funções e acaba por se exilar no Brasil, de onde conduzirá uma acção conspirativa. A eleição presidencial não será mais por sufrágio directo, mas indirecto, por um colégio eleitoral.
Em 1958 e 1962 assiste-se a uma radicalização das oposições e a crise aumenta. Pouco depois, vários católicos são processados por terem assinado uma carta contra as violências da polícia politica.
Em 1961, a agitação aumenta, marcada por greves e incidentes graves: o assalto ao navio Santa Maria, que visaria iniciar um levantamento a partir de Angola, teve um grande impacto internacional; as altas esferas militares, entre as quais o ministro da defesa preparam um golpe militar, que Salazar consegue impedir. Nas eleições legislativas, a campanha desencadeada pela oposição é seguida por manifestações que denunciam a frase eleitoral.
Em 1962, a contestação continuou.

Soldados portugueses em Goa, 1961

A questão colonial

A questão colonial colocava-se sob novas perspectivas. Na sequência dos vários incidentes que ocorriam deste os anos 50 e da formação de organizações independentistas, a situação tende a tornar-se crítica nas colónias. Em 1961, o exército português rende-se depois do ataque da União Indiana. Portugal, apesar de ter mudado a designação de colónias para Províncias Ultramarinas e a de Império para Ultramar, enfrenta novos desafios, desde que a candidatura portuguesa à ONU fora aceite, e um isolamento crescente no plano internacional. A nível nacional, há manifestações a favor da independência, mas a questão não era pacífica. A questão colonial transformava-se na guerra colonial.

Trabalho feito por:
Maria de Fátima Pinto Azevedo nº7
Susana Raquel Lima Pereira nº12
12ºB

O Fomento Económico das Colónias, por Andreia Santos e Andreia Teixeira

Luanda, Angola, e a Barragem de Cabora Bassa, Moçambique
Anos 60

Introdução
No período seguinte ao fim da guerra, o fomento económico das colónias passou também a constituir uma preocupação do Governo Central, no âmbito da alteração da política colonial. Nos inícios dos anos 50, o conceito de província ultramarina não se coadonava com as formas tipicamente coloniais de exploraçã dos territórios africanos. O entendimento das colónias como extensões naturais do território metropolitano tinha, forçosamente, de levar o Governo de Salazar a autorizar a instalação das primeiras indústrias como alternativa económica à exploração do trabalho negro nas grandes fazendas agrícolas.

O Fomento Económico nas Colónias

As colómias africanas adquiriram um papel económico importante durante a guerra. O preço dos produtos coloniais aumentou e o valor das exportações dos produtos passou para metade do preço. A legislação sobre a instalação de industrias foi alterada devido às dificuldades do tráfego marítimo que prejudicou o abastecimento das colónias em produtos manufacturados. Em 1944, foi autorizada a primeira fábrica de algodão em Angola e Moçambique. Os industriais portugueses estavam interessados em transferir capitais e técnicas para as colónias. Assim, começou a industrialização das colónias.
No fim da 2ª guerra mundial, Portugal dispõe de capital para desenvolver as colónias. São então lançadas grandes obras de infra-estruturas, de modo a reforçar a interdependência no espaço económico nacional e criar um “ espaço económico português”.
Ao abrigo do Plano Marshall destinam-se verbas para o desenvolvimento do Ultramar. Com a produção de energia eléctrica e de cimento certas industrias conhecem grande desenvolvimento (Angola e Moçambique). Crescem também os sectores agrícola e extractivo, virados para os mercados externos. Os trabalhadores recrutados para trabalhar para a África do Sul são, uma importante fonte de divisas.
Para consolidar a presença portuguesa em África há projectos de colonização e de povoamento agrícola com populações brancas da Metrópole. Os projectos de colonatos não tiveram os resultados esperados, porque as infra-estruturas ficaram dispendiosas, a produção era insatisfatória e causaram a insatisfação das populações locais, que tiveram de ser deslocadas. A emigração para África aumentou.
Depois dos anos 60 até 1974 o desenvolvimento acentuou-se (em Angola a indústria transformadora cresce apoiada no crescimento do mercado interno e nas exportações dos outros sectores industrias e agrícola para o mercado externo). As guerras coloniais estimularam o crescimento da economia e a construção de infra-estruturas.

A defesa da política de integração

Os principais grupos económicos portugueses, através de empresas próprias ou associadas ao capital estrangeiro, tinham vindo a desenvolver nas colónias, mas muito especialmente em Angola, e sobretudo a partir dos anos 60, uma vastissíma rede de interesse que se estendia a todos os principais domínios das actividades produtivas, do transporte marítimo, do comércio interno e externo, da banca e dos seguros.
O peso específico e a natureza desses inetresses na estratégia de alguns grupos, ou na de outros grupos empresarias mais pequenos fazia deles uma decidida componente da corrente defensora do integrismo político e económico com as colónias, contra as opções europeístas e de índole reformadora dentro do regime.

Fernando Rosas, “as mudanças invisíveis do pós –guerra”, O Estado Novo, Círculo de Leitores

Conclusão
Entre os anos 50 e 70 dá-se o desenvolvimento económico das colónias, com a viragem para África do Estado e dos grupos económicos apoiado pela abertura do capital estrangeiro e dinamizado com a presença das tropas depois do inicío das guerras coloniais.

Cartaz da Companhia Colonial de Navegação

Andreia Santos, nº2
Andreia Teixeira, nº3
12ºB

CUF, Barreiro, anos 60



Retirado de http://industriacuf.blogspot.com/2007_08_01_archive.html

A estagnação do mundo rural e o surto industrial em Portugal, por Joana Santos e Susana Azevedo

Cartazes de apelo à modernização da agricultura, CUF, anos 60
Em meados do século XX, a agricultura ainda ocupava em Portugal quase metade da população activa.
Antes da guerra, houvera alguns projectos de restruturação fundiária, de reordenamento agrário e de modernização das técnicas agrícolas, estes projectos eram defendidos por um grupo minoritário que encontrou opositores, sobretudo nos grandes proprietários agrícolas. (constituíam um grupo de pressão que defendia os seus interesses e a manutenção do carácter rural tradicional de Portugal).
A guerra impediu que as reformas fossem avante e reforçou o proteccionismo, autarcia e a importância do grupo industrialista, defendendo que a modernização da agricultura viria por arrastamento do desenvolvimento industrial.
Houve alguma modernização, na agricultura do Alentejo e do Ribatejo nos anos 60. A compra de maquinaria e os investimentos nas maiores explorações e obras privadas de guerra foram favorecidas pelo êxodo rural e pela política de crédito aos melhoramentos agrícolas.
Houve algum emparcelamento do minifúndio; obras de hidráulica agrícola que permitiam a intensificação da exploração e da diversificação da produção: cultura do tomate (uso industrial) e a cultura do arroz e do milho.
Esta modernização não era suficiente, e não correspondeu as necessidades de uma população crescentemente urbanizada.
Graças ao desenvolvimento industrial e urbano, havia maior procura dos produtos agrícolas “ricos”, como a carne, leite, ovos…, em detrimento dos “pobres”, como a batata, vinho, cereais... A agricultura não respondia a mudança da procura alimentar.
Conclui-se que com o fracasso das propostas reformistas, não sendo prioritária a modernização e não se orientando a produção para o consumo, assistiu-se assim à perda de importância da agricultura na sociedade e na economia.
A guerra beneficiou a burguesia industrial e comercial, que, apesar da falta de matérias-primas e de combustíveis, pode aumentar as exportações, tais como os testeis, conservas, resinosas…, aproveitar o abrandamento da concorrência e a subida generalizada dos preços.
O Governo fez da industrialização, um dos elementos centrais da sua estratégia económica, partindo-se do princípio que o desenvolvimento industrial conduziria ao desenvolvimento global

Barreiro, anos 60
da economia. Criou-se uma política de substituição de importações, de criação de novas indústrias e de reorganização das existentes, no quadro de uma política económica nacionalista e autárcica.
Houve uma deterioração da situação comercial e financeira. Entre 1947 e 1951 decorreram conversações em Lisboa e Paris que visavam alterara a posição portuguesa em relação ao Plano Marshall (Portugal beneficiava de ajudas antes recusadas).
Foram concebidas novas formas de encarar o planeamento económico:
· I Plano de Fomento (1953-1958) - traduz o esforço da autarcia e os interesses de uma burguesia tradicionalista (programa organizado de investimentos públicos dando prioridade às infra-estruturas, electricidade, transportes e comunicações). Assentava na substituição de importações, na reserva do mercado interno e no baixo preço dos factores produtivos. Dada a exiguidade do mercado interno, não teve o sucesso esperado.
· II Plano de Fomento (1959 -1964) – seguem-se as mesmas políticas, mas marca-se o fim da autarcia e o inicio de um processo de abertura tanto com o avanço para as colónias (criação de um “espaço único português”) como com a abertura externa (adesão à EFTA).
· Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) - no contexto da guerra colonial e da aceleração da emigração, é o primeiro plano global que dá prioridade à iniciativa privada (para fazer face à concorrência externa, no quadro da GATT).
· III Plano de Fomento (1968-1973) – consolida a abertura ao exterior e reforça a iniciativa privada.

Cartaz da CUF , anos 60

Conclui-se que entre 1950 e 1970, a indústria se tornou o sector socialmente determinante em Portugal, embora não fosse suficiente para absorver a população rural que a maquinização e os baixos salários expulsavam dos campos. Assim Portugal tornou-se progressivamente urbano e com um sector terciário em crescimento.

Joana Santos Nº 6
Susana Azevedo Nº 11

O Corte de Relações entre a China e a URSS, por Marta Sousa e Rute Teixeira


Mao-Tse-Tung e Richard Nixon

Em 1949, Mao Tsé–Tung fundou a Republica Popular da China. O regime político aí implantado, embora de tipo socialista, assumia características específicas, através das quais Mao ajustava a doutrina marxista–leninista à realidade chinesa (maoísmo).
A novidade consistia em construir o socialismo num país agrário em que em vez da industria pesada, as medidas económicas visavam o desenvolvimento agrícola. E assim em 1958 foi levada a cabo uma reforma económica intitulada “ o grande salto em frente” que tinha por base o fomento da agricultura e a integração dos camponeses em comunas populares lideradas pelo partido comunista chinês.
Em vez da subserviência a Moscovo, Mao estabeleceu, ele mesmo, os fundamentos doutrinários de um socialismo nacionalista. Criticou o comunismo de Kruchtchev, acusando-o de não “ escutar as opiniões das massas”.
Em 1960 as ligações que ainda existiam entre a URSS e a China romperam-se devido a divergências ideológicas, agravando as dificuldades económicas da China.
Em 1964, o culto a Mao e ao maoísmo foi estimulado através da chamada Revolução Cultural. A propaganda ideológica tinha por base o “ livro vermelho” que reunia citações de Mao e que era venerado como detentor da verdade absoluta. A Revolução Cultural deu origem a excessos de agitação social que resultaram na humilhação, perseguição e assassínio de muitos cidadãos considerados contra – revolucionários.

O corte com a União Soviética trouxe a aproximação aos EUA, cujo o presidente – Richard Nixon – visitou a China em 1971. No mesmo ano, a China tornou-se membro da ONU.