sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Corte de Relações entre a China e a URSS, por Marta Sousa e Rute Teixeira


Mao-Tse-Tung e Richard Nixon

Em 1949, Mao Tsé–Tung fundou a Republica Popular da China. O regime político aí implantado, embora de tipo socialista, assumia características específicas, através das quais Mao ajustava a doutrina marxista–leninista à realidade chinesa (maoísmo).
A novidade consistia em construir o socialismo num país agrário em que em vez da industria pesada, as medidas económicas visavam o desenvolvimento agrícola. E assim em 1958 foi levada a cabo uma reforma económica intitulada “ o grande salto em frente” que tinha por base o fomento da agricultura e a integração dos camponeses em comunas populares lideradas pelo partido comunista chinês.
Em vez da subserviência a Moscovo, Mao estabeleceu, ele mesmo, os fundamentos doutrinários de um socialismo nacionalista. Criticou o comunismo de Kruchtchev, acusando-o de não “ escutar as opiniões das massas”.
Em 1960 as ligações que ainda existiam entre a URSS e a China romperam-se devido a divergências ideológicas, agravando as dificuldades económicas da China.
Em 1964, o culto a Mao e ao maoísmo foi estimulado através da chamada Revolução Cultural. A propaganda ideológica tinha por base o “ livro vermelho” que reunia citações de Mao e que era venerado como detentor da verdade absoluta. A Revolução Cultural deu origem a excessos de agitação social que resultaram na humilhação, perseguição e assassínio de muitos cidadãos considerados contra – revolucionários.

O corte com a União Soviética trouxe a aproximação aos EUA, cujo o presidente – Richard Nixon – visitou a China em 1971. No mesmo ano, a China tornou-se membro da ONU.