segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Boas entradas para 2008, por favor!

Caros alunos do 12ºB:
Escusado será dizer que gostei muito, deste 1º período talvez demasiado longo, de vos dar aulas. Tive momentos muito bons convosco e na perspectiva de serem melhores, tornaram-me mais exigente comigo próprio e, retrospectivamente, com vocês. Sabemos todos, pais e encarregados de educação, professores e alunos que as coisas não estão fáceis «lá fora» e que, para vencer em qualquer actividade ou emprego no tão famoso mercado de trabalho, terão mesmo de ser melhores do que até aqui foram. E a vossa DT sabe do que fala com os seus conselhos.
É nessa perspectiva que vos desejo uma óptima passagem de ano e também que comecem o ano de 2008 com o pé direito; isto é, com mais trabalho, com mais concentração e com mais método. Terão forçosamente de trabalhar mais.
Força, portanto, e antes de nos cansarmos todos, quero expressar aqui o meu obrigado pelos bons momentos que passei convosco a dar aulas do que mais gosto - de História. Vamos lá ao 2º período...

Jornais portugueses - o exemplo de O Açoriano Oriental e de O Primeiro de Janeiro, por Susana Pereira

Introdução
Tendo como tarefa, elaborar um trabalho sobre os jornais portugueses, aqui ficam algumas ideias sobre este tema.
Primeiro começo por mostrar um pouco sobre “a história do jornal”, onde explica um pouco como surgiu e onde. Depois, também decidi postar “o que é o jornal”, falando de algumas características deste.
Por fim, destaco dois dos jornais mais antigos de Portugal – “Açoriano Oriental” e ”O Primeiro de Janeiro:
História do Jornal
O primeiro jornal surgiu no Ocidente, ainda na Antiguidade, com a “Acta Diurna”, publicado sob ordem de Júlio César na Roma Antiga.
A edição de vários títulos de jornais e outras publicações foi amplamente facilitada a partir da invenção da prensa móvel por Gutenberg.
Somente com a Revolução Industrial, no século XVIII, é que o jornal ganhou formatos semelhantes ao que se tem hoje, e como meio de comunicação, se consolidou como fonte principal de informação da sociedade ocidental.
Já em culturas da Ásia, os jornais seguiram caminhos mais identificados com a divulgação de informações por fontes oficiais de poder.
O que é o Jornal?
O Jornal é um meio de comunicação impressa (os vários títulos, são chamados de "veículos de comunicação"), e tem como característica: o uso de "papel de imprensa" – mais barato e de menor qualidade que os utilizados pelas revistas –, as folhas geralmente não são grampeadas, sendo usado os grampos com frequência em cadernos especiais e/ou edições destinadas a colecção, e as capas não usam papel muito grosso, como acontece com as revistas, e os mais importantes possuem periodicidade diária. Os jornais diários da chamada "grande imprensa" possuem conteúdo genérico, pois publicam notícias e informações de interesse público. Mas há também jornais diários com conteúdo especializado em economia e negócios, e outros com periodicidade semanal, quinzenal, mensal, tanto de conteúdo genérico, como também voltados a assuntos específicos destinados a públicos segmentados.
Dois dos jornais Portugueses mais antigos:


O jornal “Açoriano Oriental” é o jornal mais antigo de Portugal e está entre os dez mais ‘velhos’ do Mundo. Foi fundado a 18 de Abril de 1835, (172 anos), num período que corresponde a um momento áureo do jornalismo a nível nacional e internacional. Quatro meses antes do aparecimento da publicação, tinha sido promulgada a primeira lei de liberdade de Imprensa em Portugal.


O “Primeiro de Janeiro” conta já com 139 anos.
Este diário conta na sua história com inúmeros exemplos de inovação e liderança na imprensa. Jornal que “nasceu” na cidade do Porto, em 1868. Ainda hoje, continua a ter lugar privilegiado, bem como a Área e Região em que se insere.
Em Junho de 1999, retomou ao suplemento literário semanal, "das Artes das Letras" (criado em 1942). Em Julho do mesmo ano, nasceu o Suplemento "Justiça e Cidadania". Único na imprensa portuguesa e destinado ao sector forense, já integrou os hábitos mensais dos nossos leitores mais interessados. Em Setembro, também do mesmo ano, espaço para os Concelhos.
Semanalmente, a informação sobre tudo o que lá acontece, de forma pormenorizada. É a nossa maneira de dar a conhecer tudo o que merece ser divulgado.

É importante reflectir, que uma grande maioria de jornais, já podem ser consultados através da internet. Onde podemos ler as noticias mais recentes de cada um. Sem gastarmos dinheiro a comprar o jornal todos os dias.
Fazendo-o desta forma online.
É uma maneira de a população poupar tempo e, também, poupar a nível monetário.
Conclusão
Concluído este trabalho, posso afirmar que fiquei a entender mais sobre este tema. Isto porque, havia alguns aspectos que desconhecia.
Achei interessante abordar, pelo menos, estes dois jornais portugueses. Pois, surgiram no nosso país e merecem todo o orgulho dos portugueses.
Jornais que já fizeram e ainda fazem parte do dia-a-dia de milhares de pessoas, já durante centenas de anos. Devem ser falados como tal.
No entanto, devo sublinhar que, é de lamentar não haver uma pesquisa alargada onde se possa observar sobre este tema. Tive grandes dificuldades em concluir este trabalho, porque na internet a pesquisa sobre, este tema, é bastante escassa.

Bibliografia

Para concluir este trabalho pesquisei nos seguintes sites:

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal
Http://br.answers.yahoo.com/question/index? Qid=20070316134606AAQyLO3
Http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=quemsomos
Http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=225948&idselect=92&idCanal=92&p=200

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A Banda Desenhada, por Susana Azevedo

A cultura de massas passou, gradualmente, a ser uma “indústria cultural” que transforma em consumíveis uma vasta gama de bens culturais. Destinada, essencialmente, à ocupação do tempos livres das garndes massas, esta “indústria cultural” foi criada para “compensar” as multidões trabalhadoras, especialmente, da monotomia e da solidão próprias das sociedades desenvolvidas, independentemente do desejo de lucro por parte dos seus promotores.
As principais caracteristicas da cultura de massa são: elaborada para ser transmitida às grandes massas na forma de bens e consumo culturais; direcciona-se para o imediato e para o culto da novidade, para a fuga aos problemas do quotidiano (desejo de evasão); multifacetado quer nos conteúdos, formas e duração; aborda os temas de modo superficial; é difundida pelos mass media; tende a formar um “tipo de pessoa média” (modelos de comportamento, atitudes, valores...); recorre à publicidade e à propaganda com dupla função: económica e sociocultural.

A Banda Desenhada

A Banda Desenhada representou também um género com grande popularidade. De facto, a história em quadradinhos tornou-se um sucesso mundial e é incontestável a sua importância como meio de comunicação. Heróis de Banda Desenhada transformaram-se em símbolos nacionais e internacionais, tais como: Super Homem, Mandrake, Fantasma, Tio Patinhas, Donald, Tarzan, Timtim e tantos outros...
Dos seus criadores / desenhadores destacou-se também Walt Disney, um realizador de renome universal, no cinema de animação, que corresponde na literatura à Banda Desenhada.

Daremos especial atenção à personagem Mikey Mouse criada por Walt Disney.
Mickey Mouse (Rato Mikey) é uma personagem de desenho animado criada por Ub Iwerks que se tornou, eventualmente, o símbolo da The Walt Disney Company. A personagem de Mickey nasceu a 18 de Novembro de 1928, e a sua reprodução vocal era desempenhada por Walt Disney (entre 1928 e1946). Evoluiu de uma simples personagem de cartooning e tiras cómicas para uma das personagens mais conhecidas do mundo. Depois de Walt Disney, foi James G. MacDonald que assumiu a vocalização do Mickey e, desde 1983, passou para Wayne Allwine, um aprendiz de James G. MacDonald.
Na banda desenhada atual, o seu melhor amigo é Pateta, o seu cachorrinho é Pluto e a sua namorada é Minnie. Há uma linha de histórias em que aparece o personagem Esquálidus, criado por Floyd Gottfredson. Em certas histórias Mickey costumava andar com o Pato Donald (ambos moram na mesma cidade, Patópolis), mas os universos dos dois são separados.
Tipicamente, Mickey surge em calções vermelhos e sapatos amarelos, uma homenagem que seu criador, Walt Disney, fez à Ordem DeMolay, da qual era membro. Também foram e são feitas edições sobre variadíssimos temas; num deles, Mickey é um detetive, e veste casaco e todo o traje costumeiro. Um dos temas mais conhecidos é o duelo constante com o inimigo Bafo-de-Onça e, noutro tema, também enfrenta o Mancha Negra.
Em Portugal a publicação das bandas desenhadas coube à Editora Abril. Além de seu próprio título mensal, Mickey foi destacado como personagem num dos manuais Disney e no Grande Livro Disney (1977).
Conclusão
Após a elaboração deste trabalho sobre Banda Desenhada com a particularidade de mencionar superficialmente a história do Mikey Mouse podemos concluir que, tal como os outros meios de comunicação a Banda Desenhada foi igualmente revolucionária.
Apesar de este meio de comunicação se “exprimir” de forma “animada” e em quadradinhos tinha tanta influência ou mais do que todos os outros. Esta força expressiva evidênciava-se tanto na forma cómica como irónica.
Actualmente, a Banda Desenhada é quase como que obrigatória a sua presença em todos os meios de comunicação de diversas temáticas. Por exemplo, podemos vê-las em jornais gerais como desportivos, revistas de imprensa cor-de-rosa como ciêntificas...

http://www.kermijul.pe.kr/11-mouse/minnieandmickey.jpg
http://blog.estadao.com.br/blog/media/Walt_in_office.JPG

Os Jogos Olímpicos, por Andreia Teixeira


Introdução
Em 1896, realizaram-se os primeiros jogos olímpicos da era moderna, em Atenas. Os jogos olímpicos fomentaram a ideia do desporto mundial. Em 1936, temos Hitler a manipular politicamente os jogos olímpicos, sendo os mesmos privilegiados para a propaganda política.
1896
Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna foram realizados em Atenas, Grécia, berço dos jogos da antiguidade, entre os dias 6 e 15 de Abril de 1896, com a participação de 241 atletas, todos homens, representando catorze países, graças ao empenho visionário do francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, idealizador do renascimento dos jogos existentes na Grécia antiga, mentor do movimento olímpico e fundador do Comité Olímpico Internacional.
Sem qualquer experiência na organização de semelhante evento, os organizadores dos primeiros jogos quase arruinaram a própria competição, graças a uma diversidade de datas, pois os gregos utilizavam então o antigo calendário juliano paralelo ao convencional usado pela civilização ocidental, fazendo com que ocorresse uma diferença de doze dias entre ambos, o que atrapalhou a inauguração dos Jogos e a chegada dos atletas dos diversos pontos do planeta.
A cerimónia de inauguração acabou acontecendo num domingo de Páscoa, com o discurso de abertura proferido diante de cem mil espectadores pelo próprio Jorge I, da Grécia, após a inauguração de uma estátua – que existe até os dias de hoje – na entrada do Estádio Panathinaiko, principal palco das competições e uma maravilha arquitectónica toda de mármore, em homenagem ao rico financista ateniense Georgius Averoff, responsável pela restauração e modernização do estádio e financiador da organização do evento, o que impediu seu cancelamento antes mesmo de iniciado, devido às graves condições do cenário real grego.

1936
Os Jogos Olímpicos de 1936 foram realizados em Berlim, na Alemanha, entre 1 e 16 de Agosto, com a participação de 4066 atletas, sendo 328 mulheres, que representaram 49 países, em 22 modalidades desportivas, tornando-se até então os mais grandiosos, bem realizados, ricos e politicamente explorados Jogos Olímpicos até então.
Abertos com grande luxo no espectacular e moderno Estádio Olímpico de Berlim pelo ditador nazista Adolf Hitler, o Fuehrer do III Reich alemão, os Jogos se propunham, subliminarmente, a demonstrar na prática as teorias de superioridade racial ariana proclamada pelo líder nazista e seus seguidores, que não pouparam tempo e recursos para produzir a melhor equipa olímpica nacional já montada para disputar o evento. Infelizmente para o Führer, um pequeno grupo de atletas, os negros norte-americanos, iriam demonstrar na prática a falácia das teorias hitleristas, conquistando a maioria das medalhas do atletismo, a modalidade mais importante dos Jogos, liderados por Jesse Owens, um neto de ex-escravos, que ganhou quatro medalhas de ouro nos 100m, 200m, revezamento 4x100 e salto em distância, em pleno estádio de Berlim cheio de arianos loiros e estupefactos, no mais emblemático episódio da história dos Jogos Olímpicos.
Imagens:
http://www.museudosesportes.com.br/img_noticias/11268.jpg
http://www.olympic.org/upload/games/1936S_poster_b.jpg
http://www.arikah.net/commons/en/thumb/b/bf/900px-Olympic_flag.svg.png
http://www.museudosesportes.com.br/img_noticias/1219.jpg
Pierre de Coubertin
Conclusão
Podemos concluir que apesar de toda a propaganda de Hitler sobre as suas ideias racistas, não teve grande sucesso, por ironia do destino o grande herói dos jogos olímpicos de 1936 foi um atleta negro dos E.U.A, Jesse Owens.
Sabemos ainda que os jogos olímpicos decorrem nos dias de hoje.

A Imprensa no Século XX, por Andreia Santos


Introdução
Podemos começar, dizendo que a imprensa do século XX, foi um meio de comunicação de massa, isto é, capaz de difundir a informação por um grande número de pessoas e, simultaneamente, a grandes distâncias. A imprensa escrita foi capaz da uniformização dos comportamentos da sociedade (Estandardização de comportamentos).

O século XX chegava com a euforia futurista da revolução tecnológica. Os jornais começavam-se a transformar em empresas e a adoptar o telefone e o telégrafo como ferramentas de seu cotidiano. Os jornais ganhavam em actualidade e integração com pontos remotos e de difícil acesso. O passo seguinte foi a ampliação de redes de informação, com o estabelecimento de redes de correspondentes e enviados ao exterior. Além das agências de notícias, os jornais investiam cada vez mais em estruturas necessárias para obter informações de qualidade, em primeira mão e exclusiva. O conteúdo também passava por transformações. Declinava o folhetim que ia sendo substituído pelo colunismo, o artigo político pelas entrevistas, mais informações do que catequese, embora se procurasse a opinião desde que parecesse imparcial.
No começo do século XX surgiram alguns dos jornais que desempenharam e até hoje desempenham papel fundamental na vida brasileira, como o Jornal do Brasil e o Correio da Manhã, que nasceu e morreu na década de 1960. Mais tarde vieram A Noite (1911), de Irineu Marinho, e o O Jornal, adquirido por Assis Chateaubriant em 1913. Essas duas iniciativas foram o começo de uma série de empreendimentos que resultaram nos mais significativos fenómenos da comunicação no Brasil: a Rede Globo e os Diários Associados. Como o assunto, aqui, é imprensa, Chato, como o Brasil passou a conhecê-lo, montou uma cadeia de jornais que cobria todo o país e lançou a revista O Cruzeiro, um semanário ilustrado, que nos anos 50 chegou a vender 700.000 exemplares. E a iniciativa de Irineu Marinho transformou-se, na gestão de seu filho Roberto Marinho, no maior complexo de comunicação da América Latina e um dos maioresdo mundo.
Mas o que marcou a imprensa no início do século XX foi o surgimento de várias revistas ilustradas. Graças aos avanços tecnológicos no processo de impressão e da evolução das artes gráficas foi possível chegar a resultados surpreendentes. Um exemplo é a revista Kosmos, dirigida por Mário Behring de 1904 a 1906. Nela escreviam Artur Azevedo, Paulo Barreto, João Ribeiro, Vieira Fazenda, Lima Campos, Raul Perderneiras, Félix Pacheco, Coelho Neto Capistrano de Abreu, Medeiros e Alburquerque, Euclides da Cunha e Olavo Bilac. As revistas ocupariam o espaço dos jornais literários e tal qual na política cada uma abrigava os autores de seu género. Assim, as que vieram a seguir se dividiam. A Fon-Fon era porta-voz dos simbolistas, e a Careta, dos parnasianos, ilustrados pelo traço genial de J. Carlos. A Careta foi a revista mais popular de sua época e podia ser encontrada nas antessalas de consultórios, nas barbearias e nas estações. Sua distribuição inovou ao usar carteiros como entregadores. Nela escreviam Martins Fontes, Olegário Mariano, Aníbal Teófilo, Alberto de Oliveira, Goulart de Andrade, Emílio de Menezes, Bastos Tigre, Luís Edmundo e foi em suas páginas que Olavo Bilac publicou os mais belos sonetos de A Tarde. Marcaram época também O Malho, Ilustração Brasileira e Para Todos, que mais do que informar buscavam repercutir as diferentes manifestações da cultura da elite e, sem dúvida, o que acharam de mais original foi o humor de suas caricaturas.


A Propaganda Impressa no Século XX

As revistas, mais do que os jornais, se prestavam aos anúncios que exigiam maior apuro técnico. No Rio imperavam a Revista da Semana, O Malho, A Careta, Fon-Fon e Ilustração Brasileira. São Paulo lia Vida Paulista, Arara, Cri-Cri e A Lua. Vendo hoje, todas surpreendem pela qualidade de impressão e pelas programações de anúncios em posições fixas. De um modo geral as revistas daquele período eram influenciadas pelo francesismo do art-nouveau, mas a publicidade era um espelho das técnicas comerciais americanas que nos chegavam através das primeiras agências de publicidade a se instalares aqui. Antes delas a publicidade acontecia através do “agenciador de anúncios”, geralmente um funcionário do jornal ou revista responsável pela venda de espaço e através de ilustradores e redatores do próprio veículo, que criavam as peças publicitárias. O Jornal do Brasil detinha o monopólio dos chamados “pequenos anúncios”, hoje conhecidos como classificados, que chegaram a ocupar 85% do espaço do jornal.
Por volta de 1913, um grupo de agenciadores, jornalistas e ilustradores de São Paulo, liderados por Eugénio Leuenroth, fundava a primeira agência brasileira: Castaldi & Bennaton, que logo mudou o nome para A Eclética. Inicialmente trataram de fazer o levantamento dos veículos e dos cartazes ao ar livre. Depois foram conhecer o outro lado: os leitores. Era preciso estudar o mercado consumidor, pesquisando os diferentes públicos e seus padrões de consumo. A seguir desenvolveram acções promocionais organizando salões de automóveis, concursos e prémios nacionais. Foi o início de uma actividade que só fez crescer a partir daí em diante, acompanhando o processo de industrialização do país.
Os periódicos foram sendo influenciados pela profissionalização das agências de propaganda que anunciavam nos jornais ou revistas mais reconhecidos. A opinião pública era cada vez mais estudada e considerada pelos editores.
Quando surgiu o cinema e depois o rádio imediatamente foram editadas revistas como Cena Muda e Revista do Rádio, respectivamente já prenunciando a segmentação do mercado e as oportunidades comerciais dos novos meios.

A Modernização da Imprensa

Foi no Rio de Janeiro que se instalou, em 1906, o Jornal do Brasil e seu moderníssimo equipamento gráfico, com os primeiros linótipos, máquinas de impressão a cores, e sistema foto mecânico. Era o maior parque gráfico da imprensa brasileira e tinha a redacção mais moderna, com máquinas de escrever para toda a equipe de jornalistas. A diagramação também foi reformulada, com o cabeçalho impresso em vermelho e o famoso “L” de classificados na primeira página. No editorial de relançamento a direcção esclarecia que “o jornal não é político nem faz política, tomando o vocábulo na acepção que o uso, entre nós, lhe atribuiu”.
De 1900 a 1910 o Jornal publicou a secção “Queixas do Povo”, um espaço aberto para quem quisesse reclamar do governo. As queixas eram publicadas de graça, dando voz a qualquer cidadão, inclusive a analfabetos, que podiam queixar-se directamente à redacção do Jornal. O espaço era oferecido “a pessoas expostas à acção do Governo e que não dispunham de outro canal de comunicação para manifestar sua indignação”. O Paiz e a Gazeta de Notícias tinham também secções de queixas e reclamações, mas eram jornais comprometidos com o regime, e por isso nem sempre podiam defender os interesses dos queixosos.
Outra inovação do JB aconteceu em 1912, quando passou a dedicar uma página inteira ao desporto. Além disso, a sua equipa de ilustradores reunia os melhores cartunistas e charadistas da época.
A Revolução de 30 significou um retrocesso para as liberdades individuais e políticas. Foi um dos períodos mais difíceis para a imprensa brasileira. A Constituição postiça, “a Polaca”, promulgada em 1936, edificava o arcabouço jurídico de Estado Novo de Getúlio Vargas e instituía o Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP –, com poder de controlar e censurar meios de comunicação. Muitos jornais, revistas e rádios sofreram intervenção, alguns foram impedidos de circular, e muitos foram simplesmente “empastelados”.
Nos anos 50 Pompeu de Souza fez a reforma do Diário Carioca, inovando o estilo jornalístico ao introduzir a técnica do lead e o trabalho de copydesk, realizado por um corpo de redactores cuja missão era valorizar o estilo da redacção.
A reforma do Jornal do Brasil, começada por Odylo Costa Filho, em 1956, revolucionou a linguagem jornalística no Brasil do ponto de vista do texto e, principalmente, da diagramação. O Projeto gráfico do artista mineiro Amílcar de Castro simplificou a página, valorizou as fotos e tornou a leitura muito mais fácil. O Caderno “B” ditava moda e padrões de comportamento além de conferir valor à produção cultural. A Bossa Nova, o Cinema Novo, os concretistas, a arquitectura moderna, os festivais, nada poderia se considerar consagrado sem antes ter saído nas páginas do “B”.
Durante os governos Dutra e Juscelino Kubitschek subvencionaram a importação do papel a pretexto de ressarcir as empresas jornalísticas dos prejuízos produzidos pelo DIP durante a ditadura de Vargas. Na verdade, era um subtil mecanismo de controlo que o governo poderia exercer sobre a imprensa.
Talvez as principais mudanças da imprensa na segunda metade do século XX tenham sido as revistas semanais e a imprensa nanica. Em Setembro de 68 a editora Abril lançava a revista Veja, dirigida por Mino Carta. Três meses depois o governo decretava o AI-5 e impunha todos os instrumentos de controlo da informação. O limite entre o proibido e o permitido era extremamente subjectivo, o que obrigava um vai e vem de editores a Brasília na tentativa, nem sempre bem sucedida, de convencer os censores da inocência das matérias que, se vedadas, poderiam inviabilizar uma tiragem inteira. Veja foi apreendida mais de uma vez, assim como Realidade, Visão, Senhor, Repórter e toda e qualquer publicação que ousasse desrespeitar as proibições da censura.
Da mesma forma que no século XIX jornais eram lançados para alimentar lutas pela independência, abolição e república, durante a ditadura militar nasceram vários tablóides, à frente o Pasquim. Um instrumento poderoso de resistência à ditadura, usando como principal arma o humor. Millôr Fernandes, Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Henfil, Paulo Francis, Flávio Rangel, Ziraldo e Luís Carlos Maciel fizeram pela democracia o que nenhum grupo armado conseguiu: a desmoralização sistemática e implacável do autoritarismo e das figuras públicas responsáveis pelo governo dos militares. O Opinião e o Movimento foram tablóides de vida mais curta, mas tiveram importância, publicando artigos de fundo e críticas ao regime.
O fim da ditadura encontrou uma imprensa que se especializara na metáfora, no ato de informar usando os mais diferentes artifícios para fintar a vigilância da censura federal. Não era fácil de um dia para o outro administrar a liberdade e ter que conciliar os interesses de uma empresa com fins lucrativos e os objectivos de um serviço público cuja missão era, e é, informar com isenção.

Conclusão
Podemos concluir que a imprensa escrita teve um grande desenvolvimento durante o século XX. De um espaço que era controlado pelas censuras para um espaço em que havia liberdade de expressão.

http://www.jblog.com.br/media/57/20070807-090874Capa.gif
http://www.feq.pt/images/escritor/gazeta.jpg
http://www.brasilcult.pro.br/rio_antigo2/jornais/imagens/o_paiz.gif

O Cinema Português, por Fátima Azevedo





Ø Introdução:
Neste tema vou abordar o tema Cinema Português, iniciando com a explicação de como nasceu a arte cinematográfica, abordando seguidamente como Portugal acompanhou o desenvolvimento do cinema, concluindo com exemplos de marcos de Cinema Português.
* Como nasceu o Cinema?
Em 1895, os irmãos Louis e Auguste Lumière conceberam uma câmara facilmente transportável e uma máquina para projectar bobinas de cinetoscópio num grande ecrã. Em 28 de Dezembro desse mesmo ano, alugaram uma cave no número 14 da Boulevard dês Capucines, equiparam-na com cerca de 100 cadeiras e deram o primeiro espectáculo a uma assistência que havia pago bilhete de entrada. Assim nascia o cinema.
O cinema passaria também a ser designado por sétima arte.
Ø Desenvolvimento:
Portugal, também conheceu o cinema mudo nos finais do século XIX. Aurélio da Paz dos Reis é considerado como o pioneiro do cinema em Portugal. Apresentou os seus primeiros filmes no Porto, em 1896 (um ano depois de Lumière), embora não tivessem tido êxito.
O cinema mudo em português acabou por conhecer grande sucesso, em especial com os filmes “Maria do Mar” (1930), de Leitão Barros, e “Douro”, “Faina Fluvial” (1931), de Manuel de Oliveira. Estes dois filmes marcaram o fim do cinema mudo português.
Em Portugal, Leitão de Barros foi o pioneiro do cinema sonoro com “A Severa” (1931), embora a sonorização deste filme tenha sido feita em Paris.
O primeiro filme sonoro totalmente feito em Portugal foi “A Canção de Lisboa” (1933), de Cottinelli Telmo.
Este filme bem como todas as produções cinematográficas portuguesas estiveram sujeitas aos condicionalismos do poder político (estado novo) à semelhança de todos os sectores da arte e da cultura.
O cinema passou a ser uma arte vigiada pela Censura.
Sobrevivendo às guerras, às crises e mesmo à era da televisão, o cinema, inicialmente mudo e depois sonoro, tem permanecido, em todo o mundo, como uma fonte de aventura, romantismo e diversão.
* Exemplos de cinema Português:


® A Aldeia da Roupa Branca:
A “Aldeia da Roupa Branca” é um filme português de 1938, realizado por Chianca de Garcia, e com os actores Aida Ultz, Armando Chagas, Armando Machado, Aurora Celeste, Baltasar de Azevedo, Beatriz Costa, Carlos Alves, Elvira Vélez, Hermínia Silva, João Silva, Joaquim Manique, Jorge Gentil, José Amaro, Manuel Santos Carvalho, Maria Salomé, Mário Santos, Milú, Octávio de Matos, Óscar de Lemos e Sofia Santos.
A "Aldeia da Roupa Branca" foi produzida quase em tempo record: as filmagens começaram a 25 de Agosto de 1938 e estariam concluídas em fins de Outubro do mesmo ano.

O filme tinha por tema um assunto tipicamente português: um panorama pitoresco e cheio de carácter, com um conteúdo quer amável, quer ligeiramente irónico, com muita vivacidade, e com um tom agradável e simpático, constantes.
Imagem: http://www.citi.pt/cultura/teatro/artistas/beatriz_costa/images/img_02.jpg


A Canção de Lisboa:
“A Canção de Lisboa”, 1933, realizado por José Cottinelli Telmo, é o primeiro filme sonoro português, que inaugura o seu principal género cinematográfico: A Comédia Portuguesa.
As suas vedetas mais famosas são: Beatriz Costa, Vasco Santana e António Silva, todos eles protagonistas de “A Canção de Lisboa”.
Esta comédia foi um clássico do cinema português, pois obteve grande sucesso e êxito. Esse êxito deveu-se em parte ao carácter tipicamente português das personagens e das situações que permitia a total identificação dos espectadores com o filme e também à introdução de canções que rapidamente se tornam populares.
Este filme ficará para sempre como um marco e testemunho de evolução do cinema português.
Imagem: http://www.citi.pt/cultura/teatro/artistas/beatriz_costa/images/img_01.jpg
Ø Conclusão:
Com a exploração deste tema, consegui perceber a evolução da arte cinematográfica em Portugal e as influências do cinema na população nacional. Concluindo penso que foi um trabalho bastante lúdico, tendo obtido muita informação sobre o Cinema Português.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

À turma, sobre os trabalhos:

Caros alunos:
Motivos vários levaram-me a não estar com tanta atenção na actualização do «12ºB do Cerco do Porto» como devia. Mas devo lembrar a turma que os trabalhos combinados com o professor devem ser entregues esta semana ou, no máximo, na outra seguinte. E sempre com a estrutura própria de um trabalho de investigação ou de pesquisa simples, que deve consituir uma consolidação de conhecimentos já adquiridos no próprio estudo que o aluno desenvolve diariamente. Só assim tem sentido publicá-lo e ser um instrumento de trabalho útil, para o próprio e para os outros alunos.
Não se esqueçam, por isso, da tal introdução, do desenvolvimento e da conclusão, sempre pela mão do seu autor, entendido? Isto é: uma citação de uma fonte deve ser sempre assinalada. A opinião e palavras do aluno serão sempre valorizadas pelo professor.
Até agora (3ª feira) ainda só recebi os trabalhos da Andreia Santos, da Andreia Teixeira, da Fátima Azevedo e da Susana Azevedo, para além de um trabalho de pesquisa sobre a Bauhaus, da Luísa.

Fotografias de alunas do 12ºB no jantar para o Mundo a Sorrir, dia 7, pelas 19h



É verdade. As fotografias já estão aí e já dei uma espreitadela. Algumas estão muito boas e vai ser difícil, no leilão anunciado, a aquisição das ditas fotos, tal a competência com que foram tiradas.
A história já vocês sabem: vai haver um jantar-volante, dia 7 de Dezembro pelas 19h, no refeitório da escola EB 2/3, agradecendo ao Mundo a Sorrir que fez intervenções dentárias urgentes junto a alunos da escola. Sendo assim, e com a disponibilidade e solidariedade com que já vem sendo conhecido o 12ºB, algumas alunas desta turma prontificaram-se conjuntamente com uma formadora (a Teresa) a, num sábado de manhã cheio de sol, tirarem umas fotos ao Porto desde o Cais de Gaia, para que estas servissem para arranjar fundos para que esta acção do Mundo a Sorrir tenha continuidade para este ano.
Obrigado ao 12ºB, especialmente à sua Delegada, a Diana e à Catarina, à Ana Sofia, à Tânia e à Rute (que agora também foi eleita para a Associação de Estudantes!). Apareçam lá que as esperamos a todas/os.